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Barra Mansa - 02/09/2015 | 17h46m

Barra Mansa: corte no orçamento da prefeitura não muda a rotina

O anúncio do corte no orçamento da prefeitura municipal de Barra Mansa (RJ) feito na tarde de terça-feira, 1º, no gabinete do prefeito Jonas Marins (PCdoB) não muda o quadro da cidade.

Nas ruas e nas redes sociais, o desagrado tem sido muito forte desde a posse do então candidato em 1º de janeiro de 2013.

Poucas foram as perspectivas de mudanças. Setores como Educação e Saúde não foram contemplados com as propostas de campanha.

Em 2012, o candidato foi para as ruas e mídia CONFIRMAR que, se eleito fosse, “pagaria consulta médica para o povo em várias especialidades”. Até a data de hoje, ninguém foi contemplado com tal afirmação. E isso já faz um tempo!

A Saúde caminha sem verbas nem investimentos. Postos dos bairros e comunidades registram o CAOS. Faltam servidores e estrutura adequada de funcionamento. Falta material para atendimento ao público. Há descontentamento de todos quanto à questão salarial e o mais grave: FALTAM DENTISTAS e MÉDICOS DE TODAS AS ESPECIALIDADES!

Nas vias públicas do Centro, imediações, bairros, comunidades e distrito, o que se verifica é o abandono da infra-estrutura. O asfalto está decadente, distante do que podia ser um município com mais de 150 mil habitantes, visto por muitos secretários municipais como CIDADE COM DESENVOLVIMENTO URBANO e CRESCIMENTO PROMISSOR. Onde? Quando? Como?

Setores como o comércio amargam a falta de APOIO do Executivo. Campanhas publicitárias, que deviam emergir para atrair novos consumidores e fortalecer as vendas no atacado e varejo DESPENCAM diariamente. Quando a conversa gira em torno dos principais interessados nas vendas, o clima é de péssima referência do EXECUTIVO, suas bases de apoio e argumentação. Mas o que argumentar, se nada se tem para oferecer, para dar, para emprestar tão pouco para demonstrar o mínimo interesse em resolver as questões?

As vendas caem minuto a minuto. O desemprego é total.

Jovens concluintes do 9º ano do Ensino Fundamental ficam à mercê do ostracismo, dos braços cruzados, da esperança por dias melhores, do futuro sem referência nem endereço certo!

Servidores públicos ficam à mercê de algo incerto e indeciso. Ninguém sabe dia de pagamento para os próximos meses e ninguém da prefeitura dá roteiro do que pode acontecer.

Nas escolas – sem verba, sem autoridade (a maioria) e sem direcionamento da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – vive-se o CAOS. Violência contra servidores é rotina (ninguém faz nada); valorização salarial é nula por parte do prefeito Jonas Marins (ninguém faz nada) nem se divulga perspectiva para fazê-lo.

Nos finais de semana, jovens não têm lazer. Não tem programação para os mesmos, porque a SECRETARIA DE CULTURA nada faz na direção dos menos favorecidos, que podiam encontrar no Parque da Cidade, um endereço para registro de sua juventude. O espaço encontra-se ocioso, jogado à rotina do abandono e apodrecimento da estrutura. Aliás, apodrecimento pode ser a palavra-chave para tantos atos decadentes de capacidade administrativa do cargo maior da cidade, que não tem parcerias externas para propagarmos um futuro melhor em 2016; que não tem político de peso para nos trazer esperanças nos próximos meses tão pouco interessados em tirar do poço, o que se vê nos degraus da prefeitura segundo a segundo: sujeira, abandono e silêncio. Vazio total.

Estamos aqui, observando a prefeitura paralisar com a divulgação do corte das verbas anunciado pelo prefeito Jonas Marins (PCdoB) em sua coletiva de imprensa em 1º de setembro em seu gabinete; das demissões dos contratados; da extinção das horas-extras e da falta de capacidade dos secretários para puxar a decadência estabelecida na estrutura urbana da cidade, levando consigo mais precariedade na Saúde, Educação, Obras, SAAE e todo serviço público vigente, ávido por administradores CAPAZES, COMPETENTES, DE PALAVRA E DIREÇÃO.

Falta o contexto. Falta o “recheio” da empada.

Faltam os argumentos!!! E hajam ARGUMENTOS!!!

Caiu o mandato.

Findo o prazo.

Antes, que eu me esqueça: onde estão os 19 vereadores, cuja função SERIA FISCALIZAR os atos do EXECUTIVO?

 

Valho-me aqui o registro: “Agora, que o barco está afundando, os ratos caem fora.”

 

Eliete Fonseca - Registro MTb. 18.902