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Editorial - 21/09/2015 | 13h25m

Atos de vandalismo

Comuns numa sala de aula de colégios públicos, os atos de vandalismo chegam a Barra Mansa (RJ) – vistos “talvez” por algumas autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo – como algo de entortar olhos e bocas.

O que acontece há anos nos interiores das escolas públicas é bem pior e mais agressivo do que recentemente é divulgado nas principais vias do município contra setores mantidos pela prefeitura municipal.

Siglas ligadas a grupos criminosos ou contra a LEI são expostas o tempo todo por alunos de todos os anos e à vista de servidores do MUNICÍPIO e ESTADO.

Quando orientados por alguns professores/regentes para não praticarem tais atos, alunos brigam, falam palavrões, humilham professores/regentes diante da orientação e se os mesmos profissionais insistirem à base do diálogo e lógica, que outros usarão o espaço público em outros horários, o clima pode até virar agressão física e verbal aos olhos de todos ao redor.

Quando a situação é levada aos relatórios, acaba tudo em pizza e o patrimônio público – como sempre – destruído, quebrado, pichado e drasticamente rabiscado sem que ninguém faça algo para mudar os fatos. Tão pouco a família dos envolvidos.

Tirando alguns professores/regentes de escolas públicas, pessoas que nada têm a ver com o ato de lecionar matérias para os alunos (pichadores), na realidade, pouco se importam com os atos de vandalismo. Tanto esse fato é realidade que, à exclusão de professores/regentes, servidores e autoridades do Executivo e Legislativo vivem em outro planeta às custas das verbas públicas (principalmente da EDUCAÇÃO e da SAÚDE), que movimentam os cofres públicos de prefeituras e Câmaras Municipais em gigantesca escala de fartura, dinheiro e PODER.

Quem tiver interesse em conhecer realidade de sala de aula de escolas municipais e estaduais dos últimos anos, que tenha a mesma capacidade para conviver com o que acontece aos olhos de muitos diretores, orientadores, SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO e equipe. Muitos nos cargos por indicação política e acordos idem.

Pichação faz parte da cultura de algumas regiões do Brasil. O fato de sair das salas de aulas para vias públicas, especificamente para paredes expostas aos olhos de um público em maior evidência pode chamar a atenção das “autoridades”, as mesmas que conhecem as paredes das salas de aula das escolas públicas, que nada fazem nem têm interesse para fazer e mudar a realidade cruel e lastimável.

Capacidade, competência e envergadura são para poucos.

Cargos, poderes e carimbos para muitos ou quase todos dos setores públicos do país.


Em Barra Mansa (RJ), vivemos muito perto daquela rotina: “O cargo existe somente no nome e carimbo. O resto fica a cargo da imaginação de cada um.”

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Registro MTb. 18.902