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Barra Mansa - 29/10/2015 | 23h25m

Eleição para diretores em Barra Mansa

Barra Mansa

Um avanço a favor da democracia tão solicitada aos prefeitos por servidores públicos da Educação Municipal, a eleição para diretores das escolas chega ao seu momento decisivo.

 

Após 24 meses de mandato, o que se viu e se presenciou no período dos eleitos e muitos adjuntos foi uma sucessão de episódios lamentáveis como:

 

1- assédio moral contra servidores indefesos, vítimas do autoritarismo, tirania e do velho e conhecido jargão como “... Fui eleito (a) pela comunidade escolar...”;

 

2- ausência de muitos eleitos nas unidades. Cada um faz seu horário de acordo com a conveniência pessoal e vaidade do cargo sem prestar conta de seu ponto a ninguém;

 

3- manuseio das verbas recebidas pela escola sem prestar conta de centavos gastos à comunidade escolar, que o elegeu. Ninguém sabe o que chega nem onde é investido cada centavo nem de projetos educacionais de valorização do aluno, do servidor tão pouco professor/regente;

 

4- acordo de horários e pagamento de regência com alguns servidores aliados da direção da escola em favorecimento pessoal e do cargo, excluindo muitos profissionais marginalizados pela política da direção e tempo de trabalho efetivo na escola;

 

5- não pagamento a fornecedores de serviços e materiais vendidos à unidade escolar sob a alegação, de que a escola “não recebe verbas”, sendo que a mesma quando chega, não se tem registro de reuniões para prestação de contas dos valores à comunidade escolar;


6-falta de flexibilização do horário de aula da unidade, obrigando alguns professores/regentes a permanecerem no período de trabalho integral na unidade com proibição da diminuição do horário, permanecendo alunos no pátio da escola ociosos sem atividade recreativa nem acompanhamento durante o período, que a turma está sem professor/regente naquele horário (proibição da popular dobradinha);

 

7-exclusão de alguns servidores do uso de rede social da escola (wi fi), sendo a senha entregue somente a alguns para uso durante o expediente com ordem expressa dada pela direção, fazendo com que a senha e a internet sejam de uso restrito (particular) e não da comunidade escolar;

 

8-restrição do uso da cópia na unidade para professores/regentes, vítimas de ordem da direção, que somente permite cópias de material didático utilizado pelos professores em suas aulas “após análise e autorização de membros da direção ou por ela indicados” que, muitas vezes, não têm formação, capacitação, entendimento sobre o conteúdo específico da matéria aplicada durante a aula pelo profissional e outras tantas não estão no posto de trabalho conforme carga horária específica a ser cumprida,

 

9-confecção de ata feita por pessoal indicado pela direção, cujo conteúdo não expressa a realidade dos fatos narrados pelo servidor envolvido sendo o mesmo no encerramento, “obrigado” a assinar seu nome e função, medida que, além de inibir o servidor, deixa-o constrangido diante do autoritarismo, maldade e uso do cargo para assediar moralmente a pessoa indefesa de seus direitos e argumentos verídicos. Obrigam a assinatura sobre fatos irreais, inverídicos e a favor das normais estipuladas pela direção e seus afins.

 

10-no mandato, muitas diretoras e adjuntos valeram-se da função para ingressar na esfera política, usando argumentos para perpetuação no cargo como se fosse vitalício, valendo-se da oportunidade para negociar com políticos de mandato, pressão sobre a categoria, solicitando ao prefeito, que não concordasse com a lei sobre o processo eleitoral, tornando sem legitimidade, acordos em favorecimento financeiro e funcional em benefício próprio, desrespeitando a Educação Municipal e a categoria.

 

Pelos fatos acima praticados em 2014 e 2015 torna-se urgente e necessária a eleição para diretoras no processo democrático, que deve ser monitorado por um Conselho de Ética formado por técnicos a-políticos para receber queixas, denúncias e outros afins no próximo mandato de vigência do pleito com mais uma sugestão aos interessados: sem reeleição dos mesmos.

           

Eliete Fonseca - Jornalista Profissional - Registro MTb. 18.902