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Editorial - 15/11/2015 | 20h13m

Licença sindical

Sem forças para mobilização, muitos vivem à mercê das surpresas negativas desde janeiro de 2013.

 

Passados os meses, próximos os períodos da campanha eleitoral de 2016, o município de Barra Mansa (RJ) inicia nova fase.

 

O que fica é um bloco de esperanças não cumpridas para os servidores da prefeitura, que não tiveram reajustes salariais desde 2013; não tiveram valorização profissional; não tiveram melhores condições de trabalho; não foram contemplados nem com festa no dia do Servidor Público (o que ocorreu no governo anterior com vasta distribuição de refrigerante, picolé, prêmios, cachorro-quente, algodão doce, pipoca, animadores infantis e show musical) no Parque da Cidade, programação “apagada” em homenagem aos servidores públicos de Barra Mansa pelo governo do atual prefeito Jonas Marins (PCdoB), também servidor do quadro da ativa, que mudou a data do pagamento sem comunicar nada pra ninguém de sua atitude. Tudo com conivência de 19 vereadores, que a tudo vêem, tudo consente e tudo agrada por amor a Barra Mansa e seu POVO, (R$) e troca de favores.

 

Na área da Saúde, os profissionais da prefeitura amargam falta de médicos no Fundamp, cabide de emprego de muitos afilhados do prefeito. Mensalmente, nos contracheques, os descontos são rotina e certeiros, quando o servidor necessita de autorização para exames, cirurgias ou procura um especialista para início de tratamento médico, a resposta pode demorar semanas ou até meses, mesma situação aguardada por muitos prestadores de serviços ao Fundo, que até os dias atuais, mínguam à espera de pagamento das faturas.

 

Na agência da Caixa Econômica Federal da prefeitura, segundo informações da gerência na tarde de sexta-feira, 13, a prefeitura não havia repassado o pagamento dos empréstimos consignados dos servidores municipais referentes aos meses de setembro e outubro, ou seja, as parcelas são pagas pelos servidores no dia do pagamento, mas a prefeitura não repassa ao banco, conforme contrato assinado com o mesmo. E o pior: segundo a gerência, as parcelas referentes a novembro, o vencimento acontecia naquela sexta-feira, 13. Diante das três consecutivas, o SISTEMA da CEF suspendia o simulado e futuros empréstimos ou renegociações até que o prefeito desse um parecer para o gerente responsável pela transação financeira. Segundo advogados consultados, se há desconto em folha, tem que ter repasses ao banco. Como não são feitos, ocorre APROPRIAÇÃO INDÉBITA. Ou outra coisa?

 

Mesmo com um Conselho Municipal do Fundamp (fiscal e financeiro), integrantes vivem à mercê de decisões, abaixam a cabeça para o SISTEMA DO GABINETE DA PREFEITURA, que não passa a mão sobre os mesmos. Num regime DITATORIAL, conhecem o peso do traço, colocando as contas do Fundamp sempre no “vermelho” e numa administração pífia, que se arrasta asfixiando para sobrevivência nas mãos de cargos indicados politicamente e sob conveniência do prefeito em exercício.

 

Na esfera SINDICAL, membros do Sindicato dos Servidores Públicos e do SEPE não prosperam nos objetivos da categoria, que representam. Acompanham tudo de ruim, que o prefeito faz com a categoria, abaixam a cabeça e a postura à espera da sonhada LICENÇA SINDICAL, que beneficia quem a espera, menos os principais nomes ligados à engrenagem dos sindicatos. Para ter o documento assinado pelo prefeito, o beneficiado tem que rezar na mesma cartilha, na mesma ideologia, no mesmo pensamento e no mesmo regime DITATORIAL. Sendo assim, poucas licenças sindicais são assinadas e dadas a quem quer que seja. A falta de confiança do chefe do Executivo avança sobre cabeças enfileiradas e pedintes em sua porta rotineiramente. Atitude deixada para depois no enrolar e frigir da situação.

 

Eleição se aproxima. Partidos conversam na esfera municipal. Decisões são tomadas no Rio de Janeiro, onde políticos têm a caneta dos Diretórios Municipais nas mãos. Enquanto o povo humilde e sem informação dorme, vereadores, secretários municipais e prefeito vão aos poucos, desfiando as verbas públicas e milhões, que chegam à prefeitura e na Câmara Municipal.

 

No relógio paralelo, servidores públicos municipais abaixam a cabeça e choram. Nada receberam em 48 meses de mandato. Nada viram de benefício. Nada tiveram de avanço. Nada viram, que os beneficiasse de fato e DIREITO.

 

Milhões entram e saem para o bolso de poucos contemplados às custas do CIDADÃO OMISSO E SEM INFORMAÇÃO DO SISTEMA DITADOR, onde poucos riem às fartas, divulgando aos quatro cantos “que a prefeitura e o legislativo estão sem verbas”.

 

Que o “patrimônio dos envolvidos na SITUAÇÃO e as contas no banco” mostrem ao contrário.

 

Por agora, que o último a sair apague a luz!

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Reg. MTb. 18.902