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Editorial - 07/06/2016 | 13h49m

Educação na era do cuspe e giz

Notável a capacidade e competência dos coordenadores do SEPE Barra Mansa (RJ) na incansável busca dos DIREITOS e ELEVADA ESTIMA da categoria tão desprestigiada pelos políticos em mandato do município, sejam eles da esfera do Legislativo e do Executivo.

 

O grito do massacre ecoa nos cartazes do SEPE, nas palavras dos discursos em frente à Igreja Matriz de São Sebastião, Centro; em frente à prefeitura municipal; nos corredores do Executivo e do Legislativo.

 

Ganhando mais força, os movimentos assumem a internet, onde adeptos curtem e compartilham a todo instante a falta de capacidade e gestão dos políticos no trato de cada centavo da verba pública destinada à EDUCAÇÃO MUNICIPAL.

 

Nas escolas, triste é o desgaste massivo dos profissionais. Não há fotocopiadora para atendimento aos professores que, para ter material didático diversificado para o enriquecimento de suas aulas são obrigados a todo instante passarem por críticas e negativas de diretores/adjuntos que, aliás, estão nos cargos em eleição sem amparo legal para tal tomada de decisão do prefeito Jonas Marins (PCdoB), recentemente afastado do cargo por decisão do Ministério Público.

 

Enquanto alunos mostram aparelhos celulares de alto valor, professores medem forças e acabam perdendo espaço rumo às cópias e aos constantes maus tratos sofridos por agressões verbais de muitos discentes, que vão ao local menos para adquirir conhecimento sobre matérias específicas, que lhes valham aprovação por mérito e capacidade!

 

Muitos cargos administrativos, ora nos cargos de direção e adjunto vestem camisa do prefeito e do secretário de Educação nos respectivos cargos, não valendo nesse ínterim da postura para ocupar tal lugar de destaque num estabelecimento de ensino público.

 

Cargos são discriminados, maltratados e assediados moralmente em várias unidades escolares. Funções de muitos servidores são desviadas. Pontos não são cumpridos, conforme horário de expediente. Diários de classes até o momento não chegaram às escolas municipais para que professores/regentes cumpram seus registros desde fevereiro de 2016, ocasionando total despreparo do secretário e seus afins.

 

Faltam orientadores. Faltam fotocópias. Falta valorização salarial dos servidores. Falta o cumprimento absoluto das leis 4467 e 4468. Falta regularização legal dos diretores e adjuntos. Falta postura dos representantes da linha de frente de muitas unidades.

 

Falta o PERFIL DE ESCOLA em muitas unidades da rede municipal de Barra Mansa!

 

Na mesma batida, alunos caminham – muitos uniformizados – às escolas, que nada formam e isso não acontece pela modesta e importante formação dos professores/regentes, vítimas do sistema ingrato, perverso e despreparado para formação de menores de idade. Isso acontece pela má índole dos políticos e dos seus, que diariamente manuseiam as verbas da Educação, dando outros horizontes aos recursos senão os determinados por LEI específica.

 

Onde estão os órgãos fiscalizadores do Brasil? Até quando professores/regentes ficarão à mercê de fotocópias, vítimas de ordem expressa de diretores e adjuntos para enriquecimento de suas aulas?

Até quando esperar diários de classes nas escolas municipais? Até 25 de dezembro próximo?

 

Parabéns ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Barra Mansa, mas ainda faltam muitos detalhes para alavancar mais aplausos.

 

Está na hora do BASTA a muitos abusos ocorridos diariamente nas unidades escolares.

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Reg. MTb. 18.902