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Matérias - 18/10/2017 | 10h24m

Itália terá programa para aumentar renda de famílias pobres

Roma
A Lei Orçamentária da Itália para 2018, cujos últimos detalhes estão sendo definidos pelo governo, prevê a distribuição de uma "renda de inclusão social" (REI) para até 650 mil famílias que vivem em condição de pobreza no país.

O benefício será dividido em duas partes: o pagamento de uma quantia mensal, variável de acordo com o tamanho do núcleo familiar e um projeto personalizado de reinserção no mercado de trabalho.

O REI substituirá o Apoio para a Inclusão Ativa (SIA), que concede ajuda financeira para famílias necessitadas que tenham ao menos um componente menor de idade ou com deficiência e o seguro-desemprego.

Terão acesso ao benefício os núcleos familiares com Indicador de Situação Econômica Equivalente (ISEE) de até 3 mil euros e patrimônio imobiliário inferior a 20 mil euros, excluindo a primeira casa. O ISEE é um instrumento criado para avaliar a condição de vida dos italianos, levando em conta renda, patrimônio e características da família.

O governo prevê gastar 2 bilhões de euros com a iniciativa, o que daria uma média de 3.076 euros por núcleo familiar, caso o limite de 650 mil seja atingido. Os valores exatos ainda não foram definidos, mas famílias de apenas uma pessoa devem receber por volta de 190 euros mensais (R$ 708, segundo a cotação atual), cifra que pode subir para 530 euros (R$ 2 mil) quando o núcleo for composto por cinco ou mais indivíduos.

O benefício será concedido por um período máximo de 18 meses, mas poderá ser renovado depois de meio ano. Além disso, a Lei Orçamentária prevê gastos de 4,7 bilhões a 5 bilhões de euros com a rede de acolhimento de imigrantes na Itália em 2018, contra os 4,3 bilhões de euros de 2017.

O gasto equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Atualmente, os centros de recepção do país abrigam 193 mil pessoas, número quase 10% maior que os 176 mil do fim de 2016.