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Matérias - 09/02/2018 | 10h49m

Venezuela marca eleições para 22 de abril

Caracas
Após o fracasso nas negociações entre a oposição e o governo Nicolás Maduro, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que as eleições presidenciais no país serão realizadas no dia 22 de abril.

Com isso, a entidade aceitou quinta-feira, 8, o decreto emitido pela Assembleia Nacional Constituinte, que adiantou em quase oito meses a realização do pleito para a Presidência do país.

"As diferenças democráticas são diluídas através do voto, de maneira eficiente, transparente equilibrada, em que se expressa a voz absoluta e soberana do povo, que será quem definirá nossos futuros", disse a presidente da entidade, Tibisay Lucena.

A líder do CNE também divulgou as datas "mais importantes" do processo eleitoral venezuelano. Quem quiser postular a um cargo pode fazer a inscrição pela internet (de 24 e 26 de fevereiro) ou perante a junta nacional (26 e 27 de fevereiro).

A admissão e a resolução de impugnações de registro serão feitas entre 25 e 27 de fevereiro; a auditoria do registro no dia 26 de fevereiro, e a divulgação definitiva das candidaturas será publicada no dia 5 de março. A campanha eleitoral será realizada entre os dias 2 e 19 de abril.

"Teremos 15 auditorias e, como sempre, todas as garantias para uma eleição transparente e confiável para que os venezuelanos exerçam sua soberania e expressem sua vontade", acrescentou Lucena.

O anúncio ocorreu após cerca de dois meses de negociações entre representantes do governo de Nicolás Maduro, que tentará a reeleição, e a Mesa de Unidade Democrática (MUD), que foi impedida de participar da disputa como coalizão.

No entanto, os dois lados não conseguiram chegar a um acordo para permitir que as eleições ocorram em igualdade de condições entre governistas e opositores. Um dos principais pontos de tensão entre os dois lados era, justamente, a data da disputa.

A MUD até aceitava antecipar as eleições, inicialmente marcadas para dezembro. No entanto, eles queriam o pleito em 10 de junho. Além disso, os opositores pediram a libertação de todos os presos políticos do país.