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Editorial - 17/10/2018 | 20h10m

Daqui, visão desacreditada

Há meses acompanho os movimentos de Barra Mansa (RJ), cidade onde nasci e vivo até os dias atuais.

Sob o ponto de vista do “silêncio”, passei a analisar a política local com olho para os próximos 24 meses, quando o país terá eleição para formar no Legislativo e Executivo, novo mandato para mais 48 meses de administração das verbas públicas.

Aqui, às claras, o que se vive é o governo municipal com peças principais sendo chamadas para reuniões de prestação de contas às instituições que representam o braço forte do comércio e da indústria.

Quando a análise é feita por quem está fora do grupo não sendo “mídia” escolhida pelo mesmo para acompanhar os fatos como é o caso em questão, percebe-se a fragilidade das pessoas na condução de situações como melhoras no aspecto urbano com asfaltamento de vias principais e periférias do município e representação de toda a imprensa para cobertura do órgão público e dos seus.

O que se faz desde o primeiro dia do governo para o servidor público é simplesmente o que foi dito nos últimos debates anteriores à aleição, quando o prefeito então candidato Rodrigo Drable (MDB), disse firme “que não permitiria o uso da máquina pública que não fosse às claras” e assim se faz a condução.

Lembro que por diversas vezes, tentei aproximação para entrevistas e que em todos os momentos “paredes” colocavam-se na negativa do objetivo, tornando aqui o retorno evidente para não divulgar matérias enviadas pelo mesmo órgão, o que é feito desde então.

Trata-se de um governo que não traz figuras para puxar braços que façam Barra Mansa alavancar, sair do ostracismo, subir degrau, mudar, repaginar, respirar novos ares e coisas do tipo.

Falta um 0800 para o servidor expor fatos que urgem soluções do Executivo. Falta um 0800 para o cidadão expor situações que urgem tomada de decisão do Executivo com técnica e praticidade de pessoas que não sejam ligadas ao interesse do grupo político local nem de instituições que comandam o setor predominante.

Vivemos um mundo de redes sociais com leituras de todo tipo de pensamento. Não basta fechar o poder político para poucos, o mesmo acontecendo com a mídia escolhida pelo mesmo grupo a dedo. Barra Mansa vive a precariedade dos seus bairros esburacados, do seu comércio varejista asfixiado, das ruas centrais vazias, de muitos comerciantes tradiconais com dívidas acumuladas sem perspectiva de melhoras para os próximos anos. Vivemos o comércio do “R$ 1 real”.

Época do olhar triste do cidadão nas ruas; das escolas municipais sem professores, sem conteúdo com a maior parte buscando direção técnica que resolva os problemas sem indicação política pra agregar ao salário de matrícula, nomenclatura de direção.

Problemas também chegam à área da Segurança com a falta de valorização salarial dos servidores, de uniformes novos da guarda municipal e até de manutenção de toda a área física do Parque da Cidade.

Por maior que seja a boa vontade do prefeito Rodrigo Drable (MDB) com a caneta na mão, o que se olha é o despreparo de muitos indicados do primeiro time num governo que respira no balão de oxigênio, que não surpreendeu até agora e que tem nos próximos meses, que virar o jogo na Educação, Cultura, Saúde, Meio Ambiente, Segurança, Assistência Social e trato com todas as mídias e não somente as apontadas que, aliás, devem também ser as mesmas a receber todo material produzido pelo Executivo, porque quem recebe através de contrato, o faz para tal, não necessitando dessa forma, aqui manter envio diário de conteúdo, porque onde não há reciprocidade, não há divulgação.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Reg. MTE 18.902/RJ