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Matérias - 12/11/2018 | 10h59m

Fronteira entre Israel e Gaza se acalma após operação israelense

Agência Reuters
A calma voltou à fronteira entre Israel e Gaza segunda-feira, 12, após uma operação secreta israelense na Faixa de Gaza que foi descoberta e levou a combates que resultaram na morte de um comandante do Hamas, seis outros militantes palestinos e um coronel israelense.

Palestinos lançaram 17 foguetes contra o sul de Israel na noite de domingo, 11, em reação à incursão e a ataques aéreos que o Hamas, o principal grupo armado de Gaza, disse terem visado cobrir o recuo de um carro usado pelos soldados israelenses.

Não surgiram relatos de feridos ou danos em Israel, mas os militares disseram que um coronel, identificado somente como “M”, foi morto na operação e que outro militar ficou ferido.

O Hamas disse que as ações israelenses minaram os esforços do Egito, do Catar e da Organização das Nações Unidas (ONU) para mediar um cessar-fogo de longo prazo entre o grupo palestino e o Estado judeu e abrandar um bloqueio israelense que aprofundou as dificuldades econômicas em Gaza. Mas nenhum dos lados parece disposto a intensificar o conflito.

Na sexta-feira o Hamas recebeu 15 milhões de dólares doados pelo Catar via Israel para pagar salários de funcionários civis e combustível para amenizar a crise energética de Gaza.

Não surgiram relatos de novos lançamentos de foguetes na manhã de segunda-feira.

A violência tem irrompido com regularidade na fronteira Israel-Gaza desde que palestinos iniciaram protestos no local em 30 de março para exigir direitos a terras perdidas na guerra de 1948 que levou à fundação de Israel.

Disparos israelenses mataram mais de 220 palestinos desde o início das manifestações, que incluíram invasões pela cerca da divisa de Israel.

O Hamas disse que, durante os confrontos de domingo, agressores num veículo em movimento abriram fogo contra um grupo de seus homens armados e mataram um de seus comandantes locais, Nour Baraka.

Em seguida houve uma perseguição e testemunhas afirmaram que aeronaves israelenses dispararam mais de 40 mísseis na área. Autoridades palestinas disseram que, além de Baraka, cinco outros homens do Hamas e um membro dos Comitês de Resistência Popular foram mortos.

Numa tentativa aparente de apaziguar as tensões, o principal porta-voz dos militares de Israel disse que as forças especiais não foram acionadas para assassinar comandantes do Hamas, uma tática que intensificou conflitos no passado e que foi praticamente descartada.