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São Paulo - 06/02/2019 | 09h33m

Doria anuncia desestatização de Zoológico e Jardim Botânico

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou terça-feira, 5, o plano de desestatizar o Zoológico e o Jardim Botânico. O anúncio foi feito após reunião do Conselho de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Desestatização do Governo do Estado.

"Entre os projetos de desestatização que debatemos hoje (terça-feira) na reunião do Conselho de PPPs, estão Zoológico e o Jardim Botânico de SP", escreveu o governador em sua conta no Twitter. Segundo Doria, estão sendo discutidos mais de 30 projetos em parceria com a iniciativa privada.

O objetivo, diz o governador, é "desonerar os cofres públicos e trazer mais eficiência aos serviços prestados à população". A reunião foi coordenada pelo vice-governador Rodrigo Garcia e pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles.

Ambos os equipamentos cobram pela entrada de visitantes. O Zoológico foi aberto em 1958 e recebeu, desde então, mais de 85 milhões de visitantes. O parque tem área de 824,5 mil metros quadrados. A criação do Jardim Botânico foi oficializada em 1938.

Aeroportos e hidrovia
A lista dos 30 equipamentos que deverão ser desestatizados não foi divulgada pelo governador. Doria também reiterou nesta terça-feira a promessa de campanha de privatizar todos os aeroportos de São Paulo. "Faremos a privatização de todos os aeroportos de São Paulo. Indistintamente", disse ele.

"O prazo para que as concessões sejam colocadas de pé é esse ano. Ano que vem, nossa estimativa é que todos os aeroportos sejam controlados por parcerias público-privadas", afirmou Doria em evento nesta terça-feira, em que anunciou o corte na alíquota de ICMS sobre o querosene de avião.

Na semana passada, Doria defendeu em apresentação para investidores a necessidade de privatização do Porto de Santos, que pertence à União, das diversas estatais paulistas, e afirmou que a venda de 23 aeroportos e de estradas estaduais está entre as prioridades de sua gestão.

Doria mencionou à época a privatização da hidrovia Tietê-Paraná e disse que a venda dos 23 aeroportos vai permitir "melhorar a interiorização de voos, com companhias aéreas fortalecidas, com mais aeronaves e melhores condições técnicas". Ao falar da hidrovia, o governador ressaltou que a venda criará um ponto importante para escoar a carga para outros países, como o Uruguai e Argentina.

Estadão Conteúdo