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Editorial - 04/03/2019 | 19h42m

Mídia

Nas últimas semanas, escuto críticas sobre a “mídia”. Pensando no assunto, resolvi discorrer aqui algumas observações interessantes e como tudo no planeta tem o adjetivo bom e o ruim, vamos à lógica.

Quando a mídia é televisiva, os fatos mostrados em massa retratam o que o indivíduo praticou. A sociedade tem largas alças de acesso, onde o fato pode acontecer (polícia, saúde, educação, política, etc.). A tevê apenas exibe para seu gigante público. A interpretação depende do grau de conhecimento do telespectador acerca do que ouviu e viu. O fato está ali e não foi a mídia quem o criou, mas o indivíduo que vive na sociedade.

A mesma cena é reproduzida nas redes sociais, perdendo assim o controle da divulgação e por fim, chegamos a um mundo onde todos são “jornalistas”. Todos são mídia. Todos são mídia?

Eis que tenho minhas dúvidas acerca da interrogativa acima, principalmente quando quem é o autor da informação deve agir com alguns princípios legais como “ética, moral e estar amparado pelo menos uma por uma legislação que o valha pelo que fez” e nesse aspecto, o Brasil ainda tem muitos processos rolando nas Comarcas ou em todas as instâncias judiciais à espera de uma decisão final que coloque bem claro quem pode ou não ser o responsável pelo que publicou.

Ainda que a lei federal tenha invalidado o curso de graduação em Jornalismo, todos que estão na área têm o conhecimento de que mesmo não havendo a “obrigatoriedade” do diploma de Jornalista a nível de graduação superior, quem o tem sabe muito bem o peso do que se escreve, fotografa e publica para alcance público, principalmente juiz e detentores da ordem que vigora legalmente no país, jogando água abaixo, muitas versões que por vezes escuto sobre a “mídia” e sua veia familiar de elos que estão ligados a todos por amor ao que fazem independente da hora e do local.

Diante da força da mídia, acredito que se trata de um poder acima de muitos da sociedade, principalmente quando a veracidade dos fatos e fotos muda o conceito de muitas ditas autoridades públicas sobre o ocorrido, descortinando situações até então envidraçadas ao olho do cidadão mais humilde da sociedade.

Enfim, sou mídia.

E mídia é mídia.

Ponto.

 

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro 18.902/RJ