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Editorial - 06/05/2019 | 06h11m

Horto Municipal

O abandono deixado pela administração pública de Barra Mansa (RJ), leia-se do prefeito Rodrigo Drable (MDB), no Horto Municipal do bairro Água Comprida tem causado muitos transtornos aos moradores próximos ao local.

A situação está exposta nas redes sociais, onde dezenas de fotos mostram a realidade precária e os danos causados ao meio ambiente.

Alguns episódios devem ser levados à tona como o ocorrido em 2012, ano eleitoral. Na época, o Partido Verde (PV), orientou os candidatos a vereadores, que apresentassem sugestões para a campanha e na lista, o horto foi lembrado com projetos, que mantivessem sua estrutura atuante para a comunidade entender e preservar ali o trabalho desenvolvido por profissionais ligados à prefeitura.

Passada a eleição e até 2019, o que restou foi uma lista de pessoas do PV, que até o momento figura na folha de pagamento do órgão público. Na prática, “nada” fizeram em benefício do horto, usado apenas para o objetivo de chegar ao cargo público político partidário e ali permanecer.

De 2013 a 2016, as mesmas pessoas apoiaram o governo do PCdoB sob o comando do então prefeito Jonas Marins. De 2017 a 2020 trocaram a sigla. Mudaram para o PMDB, atual MDB. Nessa situação mesclada de ideologias e cargos, o horto foi sumindo da pauta até chegar ao completo abandono, regredindo cada dia como o verificado por vizinhos. As fotos e filmagens afirmam os fatos.

Exatamente sobre o meio ambiente, nos impressos feitos pela prefeitura municipal, muito dinheiro é investido no setor. Aliás, essa pasta também tem sido alvo das críticas dos internautas, porque Barra Mansa vive o caos a céu aberto. Terrenos em ruas de destaque são abandonados pelos proprietários, figurando ali, extenso matagal, morada de animais peçonhentos e mosquitos da dengue, colocando em risco a vida de moradores sem que a prefeitura municipal e sua fiscalização atue nos casos em sua totalidade.

O fazer “vista grossa” passou a ser rotina do prefeito, vereadores, secretário e equipe, que continuarão sendo a cada postagem nas redes sociais, um sinal vermelho de alerta contra o meio ambiente onde vivemos, somente “nós”.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro 18.902/RJ