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Matérias - 02/07/2020 | 09h41m

Fernando Jordão defende obras de Angra 3 para aquecer a economia

Angra dos Reis
Além de adotar todas as medidas necessárias na área da saúde para proteger a população, o prefeito tem buscado soluções para a crise econômica causada pela pandemia relacionada ao coronavírus.

Uma das suas ações foi solicitar, junto ao presidente da república, a retomada das obras de Angra 3, a fim de gerar empregos, aquecendo a economia do país e também da cidade.

- Enviei um ofício ao presidente, no dia 22 de junho, solicitando cooperação de esforços para a retomada da construção da usina Angra 3. A pandemia do novo coronavírus está causando um estrago econômico sem precedentes no mundo inteiro e no Brasil não é diferente. No documento, frisei as obras que serão capazes de gerar 5 mil empregos diretos e mais 20 mil indiretos - explicou, lembrando que no início do ano, o município estava numa situação ascendente em relação ao número de empregos, quadro que mudou a partir do mês de março, por conta da pandemia.

As obras em Angra 3 foram suspensas desde os escândalos de corrupção, em 2015. Porém, de acordo com o prefeito, a nova diretoria da Eletronuclear construiu um programa em parceria com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) capaz de justificar os investimentos necessários que serão amortizados com a venda da geração de energia elétrica produzida pela Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.

- A entrada de operação de Angra 3 dará segurança energética para a retomada do crescimento econômico do Brasil - defendeu.

A resposta do ofício enviado pelo prefeito veio logo em seguida, oferecida pelo Gabinete Pessoal do Presidente da República, informando que pela natureza do assunto, a solicitação havia sido encaminhada ao Ministério de Minas e Energia, à Casa Civil e também à Secretaria de Governo da Presidência da República.

Pouco depois, a Eletrobrás aprovou novas medidas que resultarão numa nova injeção de pouco mais de R$ 1 bilhão de recursos na Eletronuclear, visando as obras da usina de Angra 3.

Segundo a empresa, R$ 850 milhões serão convertidos de contratos de adiantamento para futuro aumento de capital em novas ações na Eletronuclear e R$ 1,035 bilhão será capitalizado de contratos de financiamento. As duas ações anunciadas somam um pouco mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos. Como cerca de R$ 800 milhões foram aplicados na obra, a parcela restante de pouco mais de R$ 1 bilhão será empregada no plano de aceleração da linha crítica das obras da usina.

- O prefeito vem pedindo constantemente a retomada das obras de Angra 3, para aquecer a economia do país e de Angra dos Reis, e isso está bem encaminhado. As obras serão viabilizadas através de PPP com empresas estrangeiras e no dia 9 de julho, haverá uma reunião no Conselho Administrativo da Eletrobras para discussão deste processo. Estamos otimistas que a retomada dos trabalhos ocorra entre o final deste ano e o início do ano que vem - comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico.

Depois de finalizada, a terceira unidade nuclear terá potência de 1.405 megawatts, capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro.