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Editorial - 12/11/2020 | 06h42m

O preço da bandeirada

Irônico, lamentável e de péssimo gosto é a coisa dita pública, quando nunca foi e sua representação na principal avenida da cidade, a Joaquim Leite, em dias de véspera de eleição municipal de 2020.

O cenário deve ser o mesmo nos quatro cantos do Brasil, drasticamente e sob chuvas de cervejas, palmas, elogios aos mesmos políticos e equipes.

Nos cantos, excesso de propaganda política trazem as mesmas siglas partidárias de sempre; as mesmas fotos de sempre; os mesmos alunos dos tradicionais de sempre e engraçado: a mesma falta de transparência com a coisa dita pública de sempre.

No portal oficial da Câmara e da prefeitura é claríssimo, que não tem o documento oficial apontando a realidade da folha de pagamento de nenhum setor e de ninguém, o que deve ser o mesmo fato em grande parte dos municípios do país.

Enquanto bandeiras são levantadas com fotos e nomes de candidatos “sem currículo algum que valha sua formação na coisa política”; “sua capacidade de fazer algo sadio pelo município, usando o dinheiro público do contribuinte”, o futuro já antecipa sua chegada: saúde com profissionais à altura; educação administrada por políticos à altura e toda política administrada por políticos abaixo de sua altura e sendo aplaudido, carregado, elogiado pela grande maioria do eleitorado que, ao receber propaganda dos mesmos políticos na Avenida Joaquim Leite, imediatamente, amassa e joga no lixo sem a mínima cerimônia.

O mesmo relógio, que registra o horário mundial, aqui, anuncia, que o Poder Judiciário tem chegada de currículo à altura do nome, fazendo com que decanos “ratos” da coisa pública, ao perceber que o navio mostra sinais de afundar, vão tirando o time de campo, mudando de endereço, buscando outras portas para saída de emergência, enquanto documentos oficiais apontam bem longe daqui, o paradeiro da coisa fracassada, sem ética, moral, CPF, enriquecimento ilícito sem prestação de contas a ninguém sob chuvas de aplausos, cervejas e tapinhas nas costas, passando também por algumas religiões, cujo objetivo maior é a continuidade da massa cega, que morre na saúde; que morre diplomada sem escrever o próprio nome e aqui apodrece, apoiando nada que se releve saudável para o futuro de “cidade”.

O que espero disso tudo? Que um partido diferente pegue a caneta, a calculadora e os órgãos oficiais e chegue com força total a partir do dia seguinte ao 15 de novembro de 2020, iniciando a varredura definitiva da história, fazendo HISTÓRIA com o currículo à altura.

Por tudo interpretado ao pé da letra, tenho título de eleitor. Votar é outra situação.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro MT 18.902/RJ