Angra dos Reis

A Secretaria de Saúde em parceria com o Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, realizou apresentações e treinamentos sobre a saúde em convivência com a energia nuclear. O evento foi direcionado principalmente aos funcionários da Saúde e teve objetivo de desmitificar algumas crenças comuns em relação ao assunto.

Na quarta-feira, foi realizada uma capacitação com funcionários da equipe de saúde da família, com o tema “Genética e atenção primária”, ministrado pelo geneticista clínico e membro do Diretório de Grupos de Pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Juan Clinton Llerena Júnior.

Quinta-feira, houve apresentação da tese de doutorado de Margareth Attianezi, do Instituto Fernandes Figueira, com o tema “Genética, cultura e saúde: discursos à sombra das usinas de Angra dos Reis”. Durante apresentação, além de tirar duvidas dos funcionários da saúde presentes, Attianezi esclareceu que não existem causas cientificas comprovadas de que a presença de uma usina nuclear cause algum dano à população local.

- Essa pesquisa teve objetivo de avaliar os discursos dos profissionais de saúde e da população leiga, de uma forma geral, que fazem referência à presença da planta nuclear e ao nascimento de crianças com má formação e câncer. A gente entende que o profissional de saúde, antes de tudo, é um educador em saúde, então, deixar esse profissional bem orientado talvez seja uma das formas mais interessantes para combater os mitos que existem em relação a esse assunto - explicou Margareth.

A superintendente de Atenção Básica, Mayara Diogo, que recepcionou os representantes da Fundação Oswaldo Cruz, enalteceu a importância do evento aos profissionais da rede.