Matérias - 11/09/2015 | 16h41m
Líder de oposição venezuelano condenado a prisão
Caracas
O polÃtico da oposição venezuelana Leopoldo López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão pelo tribunal de primeira instância, informaram fontes do seu partido, Vontade Popular. A informação foi confirmada pelo advogado de López, Roberto Marrero.
“No final da audiência, a juÃza Barreiros sentenciou Leopoldo a 13 anos, nove meses e sete dias. A prisão é a de Ramo Verde", disse Marrero através de sua conta numa rede social.
A sentença dita a pena máxima para os crimes pelos quais López estava sendo acusado.
Leopoldo López, 42 anos, formado em economia nos Estados Unidos, está detido numa prisão militar desde fevereiro do ano passado e é acusado pelas autoridades venezuelanas de incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio, na sequência das manifestações contrárias à polÃtica do presidente Nicolás Maduro.
As acusações estão relacionadas a acontecimentos violentos registrados ao final da manifestação, convocada por diversas pessoas, incluindo López, e realizada no dia 12 de fevereiro de 2014, resultando em três mortes.
Com a decisão, o polÃtico permanecerá detido na prisão militar de Ramo Verde, perto de Caracas, onde está desde que se entregou à Justiça no dia 18 de fevereiro do ano passado.
Os jovens Christian Holdack, Demian MartÃn e Ãngel González, julgados juntamente com López, foram condenados a dez anos de prisão, a serem cumpridos em liberdade condicional.
Henrique Capriles, governador do estado de Miranda (norte da Venezuela), que se candidatou por duas vezes à presidência, escreveu em sua conta numa rede social: "A Justiça na nossa Venezuela está podre. Hoje mais do que nunca, percebemos que o caminho para liberdade de Leopoldo e de todos começa no dia 6 de dezembroâ€, disse, em alusão à s eleições parlamentares marcadas para essa data.
A antiga deputada da oposição MarÃa Corina Machado afirmou, na mesma rede social, que o regime criminal do paÃs condenou um homem inocente sem provas. “Todos venezuelanos e o mundo democrático condenam esse regimeâ€, escreveu a dirigente.