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Matérias - 16/12/2015 | 07h35m

Casos notificados de microcefalia sobem para 2.401

Brasília

Até sábado, 12, foram notificados 2.401 casos de microcefalia em 549 municípios de 20 unidades da Federação. Desses, 134 foram confirmados como tendo relação com o vírus Zika, 102 foram descartados (não têm relação com a doença) e 2.165 estão em investigação. Os números foram divulgados terça-feira, 15, pelo Ministério da Saúde.

O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados, desde o início do ano: um no Ceará, confirmado como tendo relação com o vírus Zika; dois casos no Rio de Janeiro, descartada a relação com o zika; e 26 estão em investigação.

Em relação ao boletim anterior, divulgado pela pasta na semana passada, seis estados entraram para a lista de unidades com casos suspeitos de microcefalia provocada pelo vírus Zika: Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Equipes técnicas de investigação de campo do ministério trabalham, neste momento, em Pernambuco - onde se concentram a maioria dos casos - no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Sergipe e no Ceará.

 

Protocolo

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, avaliou que a implantação do novo protocolo emergencial para os casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika pode levar um certo tempo e que isso faz com que a maior parte dos casos permaneça com a classificação de suspeito.

A pasta divulgou o Protocolo de Atenção à Saúde e Respostas à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Segundo Maierovitch, é preciso que estados e municípios divulguem essas normas e capacitem suas equipes de saúde.

"Nossa orientação é que, caindo naquele critério classificado como suspeito, o caso deve ser notificado", disse.

 

Recomendações

O secretário lembrou ainda que, em razão das festas de fim do ano, muitas pessoas viajam e deixam as residências fechadas.

"É preciso fazer uma verificação minuciosa em toda habitação, tanto na parte interna como no quintal, nas coberturas e em qualquer lugar que possa servir como criadouro do mosquito", disse Maierovitch.

A orientação do ministério é que as pessoas que vão viajar para áreas onde há circulação do vírus Zika - sobretudo gestantes - se protejam do mosquito através do uso de repelente e de roupas como calças e camisetas de manga comprida.