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Matérias - 15/01/2016 | 10h05m

Ebola volta a matar na África

Suíça

Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou sexta-feira, 15, a morte de uma estudante de 22 anos, em Serra Leoa, causada pelo Ebola, um dia depois de ter anunciado o fim da epidemia. Segundo fontes oficiais e da própria OMS, a mulher fora internada num hospital de Magburaka, no norte do país e próximo da fronteira com a Guiné-Conacri e acabou morrendo quinta-feira, 14, depois de os testes terem confirmado a doença. A mulher, que se encontrava de férias com a família, morreu em casa e a sua morte foi comunicada a um hospital, que confirmou as causas.

Augustine Junisa, responsável distrital de Saúde de Magburaka, disse aos jornalistas que serão efetuados mais testes ao longo do dia de hoje, visando avaliar se os familiares foram contaminados. Ela apelou à população da região, estimada 40 mil habitantes, para que se mantenha calma.

A confirmação surgiu horas depois da OMS ter dado por encerrada a epidemia de Ebola na África Ocidental, vírus que, identificado pela primeira vez há quatro décadas, afetou 28.637 pessoas e matou 11.315 delas. Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, países que concentraram 99% dos casos, além da Nigéria e Mali.

No comunicado de quinta-feira, a OMS admitiu, porém, que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste porque o vírus permanece em certos líquidos corporais de sobreviventes, principalmente no esperma, onde pode subsistir até nove meses.

Na quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, admitiu a possibilidade do vírus poder reaparecer nos próximos anos, mesmo que a sua amplitude e frequência devam diminuir com o tempo.

A Libéria foi o primeiro país a ser declarado livre da transmissão de Ebola, em maio de 2015, enquanto em Serra Leoa isso ocorreu em 7 de novembro. Na Guiné-Conacri, anúncio semelhante foi feito em 29 de dezembro.