Matérias - 03/02/2016 | 13h53m
Greve de aeronautas e aeroviários afetam vôos
Aeronautas e aeroviários representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac) realizaram uma paralisação nacional no inÃcio da manhã de quarta-feira, 3, de 6 à s 8hs, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão, Viracopos, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, BrasÃlia, Salvador, Recife e Fortaleza.
A paralisação inclui os aeroviários, que fazem atividades de check-in e despacho de bagagens e os aeronautas, que são os pilotos e comissários de bordo.
Empresas aéreas anunciaram que liberarão a remarcação de passagens e o reembolso integral de bilhetes. Numa empresa aérea, a paralisação havia afetado 12 vôos da companhia até as 6h30min.
Em assembléias realizadas, as categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa pagamentos parcelados por faixas salariais e não retroativos à data-base, de 1º de dezembro, de acordo com a Fentac.
A Fentac destacou em nota, que a última proposta das empresas previa duas possibilidades de reajuste para todos aeronautas e para os aeroviários que ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil: 5,5% em junho de 2016 e 5,5% em setembro; ou 3% em fevereiro e 8% em setembro. Para aqueles que ganham até R$ 1,5 mil, a proposta era parcelar o reajuste em 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 11% nos salários e benefÃcios, retroativo à data-base, para a recomposição das perdas inflacionárias.
“A greve é o último recurso que temos para expressar à s empresas que elas precisam valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais da aviação que são responsáveis pela segurança nos vôos e pelo ótimo desempenho do setorâ€, disse o presidente da Fentac, Sergio Dias.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), foram feitas seis propostas desde outubro do ano passado, que buscavam atender às condições pedidas pelas entidades sindicais, mesmo em momento de retração econômica, queda significativa da demanda no transporte aéreo doméstico e forte aumento de custos de operação. A entidade informou que estão sendo adotadas medidas de contingência para minimizar o impacto das paralisações na operação aérea.
A primeira tentativa de negociação, segundo o sindicato empresarial, contemplava a garantia de emprego para os trabalhadores da aviação. Na última proposta, foi oferecido reajuste salarial que recompõe o Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de forma parcelada. A proposta também previa reajuste de 11% retroativo à data-base nos benefÃcios como vale-alimentação, vale-refeição, seguro de vida e diárias nacionais.
O Tribunal Superior do Trabalho determinou que 80% dos trabalhadores do setor aéreo mantenham suas atividades a partir de amanhã e durante o perÃodo de carnaval. Em caso de descumprimento da ordem, a multa diária será de R$ 100 mil.