Matérias - 28/04/2016 | 08h31m
Força Sindical critica taxa Selic em 14,25%
São Paulo
A Força Sindical considerou a manutenção da taxa Selic em 14,25% uma decisão “extremamente perversa para com os trabalhadoresâ€. Segundo a entidade, ao manter a taxa básica de juros, o Comitê de PolÃtica Monetária do Banco Central (Copom) continua colocando uma trava no desenvolvimento e no crescimento econômico do paÃs. “A decisão é um verdadeiro balde de água fria na economia, que já está paralisada. Mais uma vez, o governo se curva e reverencia a especulaçãoâ€.
A entidade disse que a decisão do Copom não contempla sua reivindicação, que é reduzir os juros. “A insistência do Copom de manter os juros altos produziu um pibinho no ano passado, reduziu a produção, a demanda e a renda, além de ter contribuÃdo muito para elevar a taxa de desemprego, que chegou a 10,2%. Todo este quadro mostra que quem paga a conta da crise é o trabalhadorâ€, disse, em nota, a Força Sindical.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse que a incerteza decorrente da indefinição polÃtica gera apreensão nos agentes econômicos, o que exigiria cautela, segundo a entidade, por parte da autoridade monetária.
“As dúvidas em torno dos desdobramentos da crise polÃtica são tantas que, para FecomercioSP, ainda não há espaço para o Banco Central baixar juros. Por isso, não se pode considerar conservadora demais a manutenção da Selic num momento em que a atividade econômica segue em queda, a inflação ainda está elevada e dá apenas leves sinais de desaceleraçãoâ€, disse em nota.
Para a federação, somente após o desfecho do impasse polÃtico, quando será possÃvel ter um grau de previsibilidade maior, é que o Banco Central “poderá contar com ambiente melhor para combater a inflação sem ter de manter os juros nas alturasâ€.
Pela sexta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. O Copom manteve por unanimidade quarta-feira,