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Matérias - 04/05/2016 | 14h41m

Crescimento da China e Japão diminuirá

As economias da China e do Japão devem desacelerar de forma acentuada nos próximos dois anos, mas o crescimento da Ásia continuará forte, com a procura doméstica a compensar o fraco comércio global, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Medidas de estímulo governamentais, a descida do preço das matérias-primas e o desemprego reduzido ajudarão a expansão regional, acrescentou FMI, incentivando os líderes nacionais a avançarem com reformas.

O fundo alertou, no entanto, para vários desafios externos, como o enfraquecimento das economias desenvolvidas e do comércio global e o aumento da volatilidade dos mercados financeiros globais.

Desde a última análise sobre a região, em outubro, os mercados globais revelaram-se mais voláteis e a preocupação com a economia chinesa e a queda dos preços do petróleo tiveram impacto nas ações em janeiro e fevereiro, que desvalorizaram em bilhões de dólares. Apesar de uma ligeira recuperação desde março, os investidores continuam reticentes.

“A Ásia continua a ser a parte mais dinâmica da economia global, mas enfrenta severas adversidades devido à lenta recuperação global, ao fraco comércio global e ao impacto em curto prazo da transição de crescimento da China”, disse o FMI.

Ainda segundo o fundo, para fortalecer a resistência aos riscos globais e continuar a ser uma fonte de dinamismo, os dirigentes da região devem avançar com reformas estruturais para aumentar a produtividade e criar espaço fiscal, ao mesmo tempo em que apóiam a procura.


O FMI havia estimado que o crescimento da Ásia fosse de 5,3% este ano e no próximo, menos que a estimativa anterior de 5,4%.


A economia da China, a segunda maior do mundo e impulsionadora do crescimento global, deve crescer 6,5% este ano e 6,2% em 2017.