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Matérias - 10/06/2016 | 10h32m

Kuczynski quer governo formado por técnicos

Lima

O gabinete ministerial que vai trabalhar desde os primeiros dias do governo do presidente eleito do Peru, Pedro Paulo Kuczynski, será formado por técnicos de diversos partidos, incluindo a Força Popular, da candidata derrotada, Keiko Fujimori, e da Frente Ampla, partido da terceira colocada no primeiro turno das eleições Veronika Mendoza. O anúncio foi feito sexta-feira, 10, por Kuczynski.

Na primeira entrevista depois de confirmada sua vitória, Kuczynski anunciou ao Canal 2 que o chefe da equipe técnica de sua coligação partidária, o Peruanos por el Kambio (PPK), Alfredo Thorne será o novo ministro de Economia e Finanças, como havia adiantado previamente.

“Teremos técnicos de outros partidos, vamos buscar as pessoas mais indicadas de todo Peru. Eu sou um tecnocrata e vou buscar técnicos. Vamos levar em conta a Força Popular e a Frente Ampla”, disse.

Neste sentido, considerou necessário convencer a coligação de Keiko Fujimori - Força Popular -, assim como técnicos que estão mais à esquerda, sobre temas que, segundo ele, nenhum peruano pode ser contrário.

“A maioria dos empregos hoje vêm de pequenas e médias empresas. Se não as ajudamos, não seguiremos adiante. Não com subsídios, mas vamos apoiá-las com crédito”, disse.


Kuczynski adiantou que investirá também esforços e recursos em educação, saúde e água.

O economista de 77 anos, disse que tem outros nomes de sua equipe em mente, mas que, por enquanto, esses nomes ficam guardados no bolso.

“O caso de que continue como ministro da Educação Jaime Saavedra, seria uma idéia magnífica, mas precisaríamos convencê-lo. Seria ótimo se ele fizesse esse sacrifício”, disse.


Ele disse ainda espera que, em 2021, quando se comemorará o bicentenário da República peruana, o país esteja com o pé fincado na modernidade.


Kuczynski disse ainda que cumprirá os compromissos assumidos anteriormente, como o reajuste aos professores e descartou que privatizará a empresa de água Sedapal.

 

Viajem a China

O presidente eleito informou que a primeira viagem que fará este ano será para China, antes do encontro anual dos membros da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, da sigla em inglês), previsto para novembro, já que economicamente é importante para o país.


Por último, disse que em seus primeiros 100 dias, enfrentará a questão da segurança pública no país, oferecendo mais oportunidades aos jovens.