Domingo, 21 de dezembro de 2025 | 15:09

Matérias - 17/06/2016 | 09h22m

Programa Família Acolhedora referência a outros municípios

Resende

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos recebeu na manhã de quinta-feira, 16, uma equipe da Secretaria de Assistência Social de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, que veio conhecer como foi a implementação do programa Família Acolhedora no município.

Implantado em 2013, após estudos iniciados em 2012, o programa tem sido referencial para diversos municípios no estado, interessados em conhecer seu funcionamento para utilizarem-no como modelo em suas cidades. É o caso de Petrópolis, que enviou a assistente social e coordenadora do Família Acolhedora, Graciele Vanzan, a psicóloga, Rosane Fernandes, e o estagiário em assistência social, Luciano Martins.

- Temos sido referência em função da estrutura física que o programa dispõe no município, além da equipe técnica altamente qualificada, do acompanhamento das famílias envolvidas no acolhimento e às famílias dos menores. O reconhecimento que alcançamos do Ministério Público e da Vara de Infância e Juventude da cidade também é um ponto a nosso favor, uma vez que devido à credibilidade que alcançamos, a justiça envia o menor ao acolhimento sem a necessidade de que ele passe por abrigos - explicou o secretário de Assistência Social, Alfredo de Oliveira.

O programa atua com o cadastro de famílias ou pessoas interessadas em acolher em suas casas, por um período que pode chegar até a um ano e meio, crianças e adolescentes em situação de risco - que por estes motivos tiveram que ser retiradas pela justiça, provisoriamente, de suas famílias - oferecendo-lhes proteção e convivência familiar e comunitária.

De acordo com a coordenadora de Proteção Especial, Cecília Zikan, atualmente existem sete famílias cadastradas no Família Acolhedora e duas crianças em condição de acolhimento. Desde que foi implementado, o programa conseguiu a reintegração de três crianças às suas famílias de origem.

- O Família Acolhedora atua acompanhando e capacitando as famílias que recebem essas crianças, estimulando os vínculos com o programa e o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) faz o acompanhamento da família de origem com objetivo de restabelecer os vínculos familiares e capacitá-la para receber a criança de volta - destacou Cecília.

Para o acolhimento, as famílias cadastradas recebem um auxílio de meio salário-mínimo por criança e a cada seis meses elas se apresentam em audiência judicial, onde é avaliado se a criança pode retornar a sua família ou continuar com a Família Acolhedora. Podem ser acolhidas crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses.

Interessados em fazer parte dessa rede, o programa recebe cadastros de famílias que devem preencher os seguintes critérios: homens ou mulheres solteiros ou casados, com mínimo de 21 anos; morador de Resende no mínimo há cinco anos; ser pelo menos 16 anos mais velho que a criança ou adolescente acolhido; não estar inscrito no cadastro de adoção da Vara de Infância e Juventude; não apresentar problemas psiquiátricos ou ser dependente de drogas ou álcool; não ter pendências judiciais criminais; e ter a aceitação e acolhida de todos membros da família.

Inscrições podem ser feitas na sede do programa, que funciona na Rua Pandiá Calógeras, 157, no Jardim Jalisco. Informações pelo telefone (24) 3357-3675 ou pelo e-mail [email protected]