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Matérias - 08/07/2016 | 10h25m

Eduardo Cunha renuncia à Presidência da Câmara

Brasília

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou quinta-feira, 7, à presidência da Casa. Ele permanece com o mandato de deputado federal.

"Resolvi ceder aos apelos generalizados dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um novo tempo após o afastamento da Presidente da República. Somente a minha renúncia poderá pôr fim à essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente.", disse, ao ler sua carta de renúncia em entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara.

Ele informou ter encaminhado a carta ao primeiro-vice-presidente da Casa.
Ao ler a carta, Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff.

"Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas adotadas. Estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvidas, inclusive, de que a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de impeachment da presidenta afastada", disse.

O peemedebista disse também que sempre falou a verdade. "Comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Continuarei a defender a minha inocência de que falei a verdade. Reafirmo que não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja", disse.

Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias - deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes - para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.