Matérias - 03/08/2016 | 10h55m
Mulheres querem mais informações sobre a zika
Rio de Janeiro
Em meio a uma epidemia de zika no paÃs, doença que provoca má formação fetal e problemas de desenvolvimento em bebês, mulheres e gestantes reclamam da falta de informação no sistema de saúde, público ou privado e na imprensa. Para elas, que querem também polÃticas públicas para exterminar o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypiti, e apoiá-las no tratamento, a mÃdia e os profissionais de saúde acabam gerando angústias ao difundir sofrimento e em não dar orientações relevantes.
As opiniões são de grávidas das classes C e D entrevistadas em São Paulo, Recife e João Pessoa, em abril, reunidas em pesquisa do Instituto PatrÃcia Galvão - MÃdia e Direitos, em parceria com o Data Popular e apoio da ONU Mulheres, divulgada no Rio de Janeiro.
Segundo a pesquisa, mulheres buscam informações sobre a sÃndrome da zika congênita, que passa da mãe ao bebê, na barriga, mas mesmo nas unidades de saúde, não encontram. “A consulta é muito rápida, a maioria nem olha para sua barrigaâ€, disse uma delas.
Muitas saem com dúvidas dos consultórios, sem saber, por exemplo, que podem pegar a doença durante a gestação e não apenas nos três primeiros meses - hipótese que chegou a ser cogitada cientificamente, mas foi afastada - e que devem usar camisinha para evitar o contágio em relações sexuais, mesmo com o próprio parceiro - que pode ter sido picado pelo Aedes aegypti. Falta esclarecer também que a amamentação e vacinas não transmitem o vÃrus da zika.