Matérias - 05/09/2016 | 09h19m
Papa Francisco canoniza Madre Teresa de Calcutá
Cidade do Vaticano
Em missa de canonização celebrada domingo, 4, na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo.
A missão de Madre Teresa, segundo Francisco, permanece nos dias de hoje como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto aos mais pobres. O papa também se referiu à religiosa, de origem albanesa, como modelo de santidade para todos agentes de misericórdia.
“Madre Teresa, ao longo de toda sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponÃvel a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados.â€
Referindo-se à nova santa, fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta incansável agente de misericórdia†ajude o mundo a entender que o único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vÃnculo e que é derramado sobre todos sem distinção de lÃngua, cultura, raça ou religião.
“Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente à queles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternuraâ€, concluiu o papa.
Milagre brasileiro e prêmio Nobel da Paz
O processo de canonização de madre Teresa teve inÃcio com um milagre envolvendo o brasileiro MarcÃlio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP). Ele foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção rara no cérebro, mas foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá.
A religiosa, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu numa comunidade albanesa no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Ãndia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Madre Teresa de Calcutá morreu em setembro de 1997 - seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II.