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Matérias - 12/09/2016 | 13h23m

Fifa abre investigação sobre Blatter e Valcke

Suíça

Joseph Blatter e seus dois principais assistentes, entre eles Jérôme Valcke, tinham contratos para receber quase R$ 100 milhões em prêmios e bônus pela realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.

Agora, dois anos depois do evento e afastados da Fifa, todos eles passaram a ser alvo de um inquérito dentro da própria entidade num processo aberto pelo seu comitê de ética da entidade, assim como Markus Kattner. A suspeita é de que os pagamentos sejam ilegais e que possam se configurar como propinas.

Os contratos que estão sendo investigados pelo FBI e pela Justiça da Suíça apontam para suspeitas relativas aos critérios estabelecidos para justificar os pagamentos aos dirigentes.


No total, o que a Fifa deu para Blatter, Valcke e Kattner, ex-vice-secretário-geral da Fifa, chegou a US$ 80 milhões (R$ 257 milhões, na cotação atual) em apenas cinco anos em salários e prêmios. Os pagamentos geraram suspeitas depois que os contratos revelaram que o dinheiro foi garantido ainda em 2010 e previa que os valores seriam distribuídos até 2019, mesmo que Blatter, Valcke e Kattner fossem demitidos por justa causa de seus cargos.

O que surpreende a Fifa é que os valores foram autorizados em contratos assinados pelos próprios beneficiários, sem qualquer consulta. Outra suspeita é de que os contratos foram assinados ainda em 2010, antes mesmo da eleição de Blatter para presidência da Fifa naquele ano.