Itália
Após uma conturbada noite na cidade de Turim, com protestos de imigrantes e refugiados, o ex-complexo olímpico que há alguns meses está ocupado por famílias de imigrantes no município, o Moi, sofreu com mais uma manhã de tensões quinta-feira, 24.

Os imigrantes, em sua maioria africanos, voltaram às ruas, jogando lixeiras, entulhos e outros objetos nas vias. Algumas lojas e restaurantes decidiram fechar as portas para evitar confusão. Os bombeiros foram chamados pelos vizinhos e carros e até caminhões de polícia foram para o local para tentar acalmar a situação, fazendo cordões de isolamento.

O motivo do protesto dos imigrantes, segundo informam pessoas que moram na região, teria sido que um grupo de italianos de extrema-direita de Turim, que tem um "centro de operações" na vizinhança, jogou fogos de artifício e sinalizadores no complexo.

O episódio foi apenas mais um dos vários que envolvem o ex-complexo olímpico nos últimos meses, cuja ocupação de imigrantes, majoritariamente de negros africanos, causa polêmica entre os habitantes da cidade e diversos casos de racismo e preconceito.

Sobre as tensões desta semana, o presidente da região do Piemonte, Sergio Chiamparino disse que "deve-se, primeiramente, colocar um ponto final imediatamente a toda e qualquer forma de violência e intimidação e também será necessário enfrentar o problema de transferência dos ocupantes do Moi para outras áreas que possam hospedar essas pessoas num contexto de legalidade. Estamos, como sempre, disponíveis a colaborar para encontrar soluções adequadas e praticáveis para resolver o problema", concluiu o político italiano.