Matérias - 09/12/2016 | 15h32m
Mudanças nos planos de saúde afetam usuários
Brasília
As operadoras de planos de saúde estão se adaptando às mudanças recentes nas regras de vendas e cancelamento dos contratos divulgadas pelo ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Em todo País, existem cerca de 50 milhões de usuários de planos de saúde, o que significa que 24,9% da população brasileira é cliente de alguma operadora. Em 2006, a taxa de cobertura das operadoras estava em 19,7% da população, segundo a ANS.
Uma das mudanças anunciadas este mês pela ANS, que permite a contratação do plano pela internet, pode revigorar a oferta de planos individuais, modelo de serviço quase abandonado pelas grandes empresas do setor.
Atualmente, quase 70% dos 48,3 milhões contratos de planos de saúde ativos no Brasil são da modalidade coletivo empresarial (32 milhões de usuários), destinado a funcionários e sócios de empresas. A segunda maior parcela é dos planos individuais ou familiares com uma fatia de 19,5% do total de planos (9,44 milhões). O restante, cerca de 6,71 milhões de contratos, que correspondem a 13,89% do total são de planos coletivos por adesão (para entidades de classe ou associação).
"O problema é que as principais operadoras de saúde do país, tais como Sul América, Bradesco Saúde, Amil, entre outros, não vendem mais esse produto (plano individual), que oferece muito mais proteção para o consumidor", disse a advogada Claudineia Jonhsson, especialista em Direito à saúde e sócia da ACJ Advogados Associados.
Para a especialista, a atuação da ANS, por enquanto está abaixo das expectativas e é necessário investir mais em ações que combatam as negativas abusivas de atendimento.
