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Matérias - 13/12/2016 | 07h07m

São Paulo terá central única para emergência

São Paulo
O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, e o futuro secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, anunciaram segunda-feira, 12, uma maior integração entre as pastas a partir de janeiro. Entre as medidas que serão tomadas está a unificação dos serviços de atendimento a emergências e urgências.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) municipal e o Resgate estadual, que hoje recebem chamados pelos números 192 e 193, respectivamente, serão unificados numa única central, com um único número, que vai enviar viaturas e equipes de acordo com a gravidade e urgência de cada caso.

“Nós pretendemos ter um único número e esse único número, através da nossa central unificada de inteligência de informação, vai designar qual equipe deve ir. É desastre ou acidente, sai o Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências, do Corpo de Bombeiros); se não, sai o municipal (Samu)”, disse David Uip.

De acordo com o secretário, a unificação do sistema otimizará os recursos disponíveis e proporcionará melhor atendimento à população. “A conta é muito fácil, você soma os recursos do governo federal, mais os recursos do estado e do município. E nós vamos ver que são recursos adequados, a despeito de a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para esse tipo de atendimento não ser reajustada há doze anos”, disse.

De acordo com o secretário, também haverá maior integração entre as centrais municipal e estadual de regulação de vagas. O objetivo é a melhoria na triagem dos pacientes. Casos de baixa complexidade devem ficar a cargo da rede básica do município, como as unidades básicas de Saúde (UBS), e os mais complexos, dos hospitais e ambulatórios da rede estadual.

“O usuário, por culpa nossa, não sabe onde vai. Se você não tiver uma atenção primária resolutiva, ocorre o que vem ocorrendo ao longo dos anos: 80% dos pacientes atendidos em pronto-socorros deveriam estar nas unidades básicas de Saúde, nos programas de saúde da família e nos Amas (unidades do Atendimento Médico Ambulatorial)”, disse.

Também haverá uma maior integração nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Os agentes estaduais da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e os agentes municipais vão deflagrar ações conjuntas de controle de vetores, com mutirões e visitas domiciliares.