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Matérias - 13/12/2016 | 07h15m

China se diz preocupada com Trump

Pequim
A China está seriamente preocupada com as últimas declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, admitiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Geng Shuang. Numa coletiva de imprensa segunda-feira, 12, ele ressaltou que a possibilidade de Trump rever as relações entre EUA e Taiwan, que é considerado um território rebelde pela China, atingirá pesadamente o relacionamento entre Washington e Pequim.

"Uma violação do príncipio de ''China Única'' atingiria pesadamente o relacionamento entre Pequim e Washington, já que o respeito a este princípio tem sido o fundamento das relações bilaterais em mais de três décadas de contatos diplomáticos", comentou Geng Shuang. Desde que foi eleito, em 8 de novembro, Trump vem dando declarações que alfinetam a China ou contrariam os interesses do gigante asiático, que é um forte parceiro comercial dos Estados Unidos.

O magnata republicano prometeu que revisará acordos comerciais e alterará tratados entre os dois países. Além disso, Trump telefonou para a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, num contato direto que os EUA evitavam desde 1979 para não desagradar a Pequim, que pede que nenhum país reconheça a independência do território. Em entrevista à emissora Fox News no fim de semana, Trump ameaçou de novo a China, dizendo que "não se sente obrigado a seguir a política da China Única”.

A imprensa chinesa também tem reagido às falas de Trump. O jornal "Global Times", controlado pelo Partido Comunista, disse que o republicano é "ignorante como uma criança, imaturo e inexperiente". Num editorial, o periódico disse: "Trump, escute claramente: a ''China Única'' não pode ser negociada.”