Barra do Piraí
A Nova Saúde anunciou terça-feira, 21, que está investigando a causa de duas mortes suspeitas de adolescentes de 16 e 17 anos, que moravam nos bairros Cantão e Represa.

A secretária Margareth Milward esclareceu que o material colhido para exames foi encaminhado para o Laboratório Central, no Rio de Janeiro. A expectativa é de que os resultados cheguem ao município em 30 dias. Por ora, a única hipótese descartada é a de leptospirose (doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos).

As mortes dos adolescentes, que moravam em Barra do Piraí, aconteceram em hospitais de Valença e Volta Redonda. O infectologista Francisco de Assis está acompanhando os casos. De acordo com o médico, ainda não existe nenhuma linha de apuração que ligue as situações, porque os sintomas eram diferentes.
“Um apresentava quadro hepático e morreu em decorrência de complicações no fígado. O outro sofreu com problemas respiratórios", esclareceu o infectologista.

O especialista pontuou que as suspeitas de febre maculosa e H1N1 só poderão ser descartadas após o resultado da análise sorológica.

“Como a investigação leva um tempo e não é de um dia para o outro, logo que o paciente dá entrada com sintomas que correspondam a um determinado quadro, ele começa a ser tratado para esse fim. O único exame que deu negativo, até o momento, foi o da leptospirose. O restante, precisamos aguardar”, frisou.

A secretária Margareth Milward garantiu que a Nova Saúde acompanha os casos.
"É muito cedo para afirmarmos qualquer coisa. A apuração ainda está no começo. Qualquer informação desencontrada, neste momento, soa temerária. Temos que esperar os resultados que virão do Laboratório Central para então falarmos o que aconteceu. Isso leva algum tempo e precisamos que, apesar da dor, os familiares entendam", pediu.

O vice-prefeito e Consultor de Saúde, João Camerano, salientou que o governo não medirá esforços para esclarecer os casos - ele também é médico.
"A população de Barra do Piraí, pode ficar tranquila porque vamos dar as respostas que as pessoas esperam. Existem diversos profissionais, tanto da nossa rede municipal quanto de outros lugares, envolvidos em transmitir as informações, principalmente às famílias, que sofrem com a perda de seus entes queridos. Ainda mais sendo jovens, sabemos que a dor é dobrada. É o mínimo que podemos fazer nesse momento”, finalizou.