Matérias - 25/06/2018 | 10h23m
Argentina: greve geral atinge vários setores
Argentina
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou que vai parar a Argentina segunda-feira, 25, em reação à política econômica adotada pelo governo. É a terceira greve geral em dois anos e meio da gestão do presidente Mauricio Macri.
A paralisação atinge o transporte publico, os postos de gasolina e os bancos. Movimentos sociais de esquerda cortarão as principais vias de acesso à capital, Buenos Aires.
Às vésperas das paritárias, as negociações entre sindicatos e empresários, as centrais sindicais tomam a paralisação como demonstração de força. Paralelamente, a paralisação ocorre cinco dias após o primeiro desembolso dos US$ 50 bilhões que o Fundo Monetário Internacional (FMI) colocou à disposição do governo argentino.
A medida vale pelos próximos 36 meses e tem o objetivo de ajudar o país a superar a crise cambial e colocar as contas em ordem. Em troca do empréstimo, o governo se comprometeu a reduzir os gastos públicos e a inflação, que este ano deve chegar a quase 30%.
Centrais sindicais prometem uma paralisação de 24 horas, que ganhou o nome de reação ao “brutal ajuste econômico” imposto pelo FMI. Para alguns setores da economia, o momento atual é comparado à crise de 2001, apontada como a pior da história recente da Argentina.