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A secretária municipal de Saúde, Ana Lúcia Galvão, destacou sexta-feira, véspera do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites (29 de julho), que a vacinação contra a doença é realizada normalmente no município, nas unidades do Programa Saúde da Família, que se localizam nos bairros Nossa Senhora do Rosário, Mirandópolis, Jardim Independência e Jardim Pollastri, além da Casa da Criança, cujo endereço é Praça Getúlio Vargas 7, no Centro do Município. Estas unidades funcionam de segunda a sexta-feira, de 8 às 17 horas.

Segundo dados do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que também foram divulgados sexta-feira, 27, no período de 2009 ao começo de julho de 2018, foram registrados 12.129 casos de hepatite no território fluminense, a maioria deles relacionada  ao tipo C da doença (8.997 diagnósticos). O restante corresponde ao tipo B (3.132 casos). Ana Lúcia Galvão frisou ainda a importância de reforçar o chamado à população para que não deixe de procurar os postos de saúde em busca da vacina.

- Um relatório da própria Organização Mundial da Saúde torna ainda mais importante o alerta para que as pessoas não deixem de receber as doses do medicamento. De acordo com este levantamento da OMS, 1.750.00 de pessoas morrem anualmente no mundo devido às complicações causadas pela hepatite, número maior do que a quantidade anual de óbitos provocados todo ano pelo vírus HIV (total de 1.340.000 mortos). Também no caso da hepatite, a prevenção é o melhor caminho - declarou Ana Lúcia, acrescentando que só no ano passado, o Brasil registrou 40.198 novos casos de hepatite viral.

A hepatite é uma inflamação do fígado causado por um vírus, além do uso de alguns remédios, bebidas alcoólicas e drogas. As principais causas da doença são a ingestão de água ou alimentos contaminados por material fecal, o fato de não lavar as mãos após usar o banheiro, beber água não filtrada, comer frutos do mar crus ou mal cozidos, consumir bebidas alcoólicas e manter relações sexuais sem usar preservativos. As pessoas precisam também estar atentas com relação à utilização de seringas ou materiais não esterilizados. A constatação do problema acontece através da realização de exames.

Entre os sintomas da doença, estão os seguintes: fadigas, náuseas e vômitos; dor ou desconforto abdominal, principalmente próximo onde fica o fígado; perda de apetite; febre baixa; urina escura; dor muscular; e pele ou olhos amarelados. A hepatite pode ainda se manifestar de forma silenciosa, ou seja, existem possibilidades dela ocorrer no paciente sem que os sintomas sejam manifestados, daí a importância de ir ao médico regularmente e realizar os exames necessários.

A maioria dos casos de hepatite no Brasil é do tipo C (mais de 70% dos registros), seguido pelo tipo B (21,8%) e A (1,7%). A doença do tipo C normalmente apresenta cura em 90% dos casos, desde que seja seguido o tratamento correto. No caso do tipo B, a cura também existe, daí a importância do diagnóstico precoce e os procedimentos de tratamento seguidos à risca, evitando dessa maneira a evolução para cirrose e câncer. Com relação ao tipo A, o repouso e uma dieta indicada pelo médico são os caminhos indicados para a melhora do paciente.