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Matérias - 27/08/2018 | 07h49m

Números comprovam gravidade da violência doméstica

Quatis
O CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), órgão subordinado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, que, entre outras atribuições, trabalha na prevenção e no enfrentamento dos casos de violência contra a mulher em Quatis, enumera alguns dados para conscientizar a população sobre a importância das denúncias chegarem ao conhecimento das autoridades competentes. Profissionais da Secretaria de Assistência Social realizam uma campanha educativa junto aos estudantes da rede municipal pelo fim da violência contra a mulher.

Entre os números divulgados pelo CREAS, no mês de agosto, quando é realizada em todo país, a campanha educativa “Agosto Lilás”, estão os seguintes: o Brasil se encontra em quinto lugar do ranking mundial de violência doméstica contra a mulher; 900 mil processos que apuram denúncias de violência praticada contra o segmento feminino da população tramitam no poder judiciário do país, dos quais dez mil estão relacionados ao crime de feminicídio  (assassinato pelo fato da vítima ser mulher); e o número de mulheres vítimas da violência chega a um milhão por ano, no país, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

- Há ainda outros números que comprovam a gravidade do cenário de violência contra a mulher no Brasil. Segundo os órgãos especializados, são registrados pelo menos 15 assassinatos por dia e 500 mil casos de estupro por ano contra as mulheres. A prefeitura tem um serviço específico para acolher e acompanhar as mulheres vítimas de violência. É de fundamental importância que os casos sejam informados oficialmente - declarou a assistente social Flávia Paiva, coordenadora do CREAS do Município.

O CREAS do município reforça ainda a divulgação sobre os episódios que podem ser considerados violência contra a mulher. São eles: sexual (forçar o relacionamento sexual não consentido); patrimonial (não deixar a mulher trabalhar, reter dinheiro, destruir objetos ou ocultar bens); física (empurrar, chutar, amarrar e bater); psicológica (humilhar, insultar, isolar, perseguir e ameaçar); moral (caluniar, injuriar e difamar), além de expor a vida íntima, impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar; fazer a mulher achar que está ficando louca; controlar e oprimir a mulher; e tirar a liberdade de crença, entre outros tipos de comportamento que ferem a honra e a integridade física das mulheres.