Matérias - 24/09/2018 | 17h45m
Assistência Social promove encontro com escritora brasileira
Barra do Piraí
A equipe técnica e de gestão da Secretaria de Assistência Social se reuniram no auditório da Nova Santa Casa, para mais um encontro de supervisão. Eventos como esse ocorrem mensalmente e em setembro, recebeu a escritora Irene Rizzini, autora de diversas obras voltadas para estudos sobre a sociedade brasileira. A renomada autora teve seu livro “Século Perdido” como sendo a base de estudos durante o debate.
Encontros como esse estão servindo para a capacitação de compartilhamento de idéias entre os integrantes da Secretaria de Assistência Social. “O Século Perdido” retrata as raízes históricas das políticas públicas para a infância no Brasil.
Segundo resenha do livro, Irene Rizzini apresenta, com rara clareza e rica fundamentação histórica, um dos mais agudos paradoxos da sociedade brasileira, desde o século XIX: a capacidade da elite brasileira, até hoje, de pensar e formular soluções para a sociedade e o seu lamentável resultado para as camadas mais pobres.
“O abandono da criança no Brasil é secular. Talvez, a partir de agora, quando se levanta o véu da história, possam buscar, junto à própria sociedade, soluções mais abrangentes de seus problemas. A própria trajetória de desacertos concernentes ao tratamento da população infanto-juvenil e nesse momento, os rumos e a sociedade começam a aplicar as suas melhores energias, são guias neste livro”, narrou a autora, que é psicóloga e socióloga, doutora pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro.
De acordo com a diretora de Proteção Social Especial, Eliane Ribeiro, o debate acerca do livro mostra, sobretudo para Barra do Piraí, a necessidade de se discutir sempre assuntos como esse, para que se encontrem caminhos de socialização das massas excluídas. “Para Barra do Piraí, é algo de bastante prestígio ter a presença de Irene Rizzini, pois ela aborda o tema do acolhimento institucional de forma bem enriquecedora”, frisou Eliane, acrescentando que Irene possui prestígio internacional, com documentários na América do Sul e México.
A secretária de Assistência Social, Paloma Blunk, parabenizou pela participação dos integrantes da pasta, sobretudo porque, para o debate, foi aconselhado ler o livro. “Foi um momento rico. Nossa história social vive tempos turvos. Somente com estudos, para a aplicação prática, chegaremos a uma sociedade menos excludente e de menor potencial de exclusão também”, pontuou.