Pinheiral - 02/07/2019 | 07h49m
Academia da Saúde promoveu Dia da Barganha
Foi realizada na Academia da Saúde, o primeiro Dia da Barganha da cidade de Pinheiral. O evento foi uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural e entre a Academia da Saúde, no Centro. O intuito é ensinar e incentivar a prática de consumo sustentável e consciente, onde as pessoas se disponibilizam a separar roupas, sapatos, eletrônicos, eletrodomésticos, entre outros, para trocar umas com as outras. Pricilla Carel, coordenadora da Academia da Saúde falou um pouco sobre o projeto voltado para os participantes do grupo e sua funcionalidade.
“Quando pensamos em realizar um evento, sempre há certo receio se as pessoas irão se interessar e comparecer. Então, quando vemos que a proposta foi bem aceita e que as pessoas estão barganhando ficamos muito felizes. A vontade de organizar uma feira da barganha vem sendo discutida e pensada há alguns anos e decidi que era hora de tirar do papel e fazer acontecer. Nos dias de hoje, vemos o mundo cheio de descartáveis, há muitas coisas que compramos e às vezes deixamos em casa sem usar, ficando velho, criando mofo, tudo pelo simples ato de adquirir algo sem real utilidade, só porque estava na promoção. Esses itens podem não servir para a gente, mas podem ser passados para frente, afinal, o que não serve para um serve para outro. Sendo assim, o Dia da Barganha visa um desenvolvimento mais sustentável. É pensar numa troca que englobe não só roupas e calçados, mas qualquer bem material. Todo mundo tem algo em casa que está em ótimo estado, mas que não usa, e esse algo pode ser trocado aqui. É necessário pensar em tudo isso. Não só na parte material, mas também, nos alimentos que consumimos para que possamos aproveitar melhor o que temos em nossas casas. O evento tem tudo a ver com meio ambiente por isso a parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural”, declarou.
Em complemento, Natália Nolasco Rios, Assessora de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural falou sobre o impacto das sacolas plásticas no meio ambiente e sobre a importância da conscientização ecológica dentro e fora das casas.
“Nós temos feito um trabalho de educação ambiental no município há algum tempo e esse ano está completando 10 anos do Centro de Referência em Educação Ambiental. A feira da barganha é algo que realmente se relaciona diretamente com sustentabilidade. Em Pinheiral é a primeira vez que ela acontece, mas a expectativa é que seja a primeira de muitas. Em outros lugares essa feira acontece e às vezes possui outros nomes, como feira solidária e feira de troca. Se trata de um local onde as pessoas tem esse momento em que elas podem trocar de tudo que se possa imaginar e apesar de em nossa região ela ainda não ser muito conhecida, em outras cidades como São Paulo e Rio de Janeiro ela é realizada em bairros. O ideal é levar a ideia a sério e colocar em prática. Ao invés de descartarmos ou deixarmos essas coisas entulhadas em nossos guarda-roupas em nossas casas, devemos trocar com o outro tudo aquilo que não serve para nós. Isso é uma prática de consciência ecológica, barganha ao invés do descarte desapropriado ou da uma nova compra desnecessária. Ao realizar qualquer compra é preciso haver um questionamento: “será que preciso mesmo disso? Afinal, tudo aquilo que consumimos necessita de um recurso natural para ser produzido, a carne, por exemplo, precisa de tantos litros de água para chegar até nossa casa, então todas nossas escolhas são muito importantes, visto que, até mesmo nossa alimentação interfere de forma muito grande na questão ambiental”, disse.
Natália destacou ainda sobre a importância de escolhas conscientes, da coleta seletiva e nova Lei Estadual que proíbe a distribuição de sacolas plásticas em supermercados.
“O dia da barganha nos leva a pensar sobre escolhas conscientes. Se vamos ao mercado e nos questionamos se vamos comprar um produto industrializado que vem numa embalagem de plástico ou de papel, devemos optar pela de papel que leva menos tempo para se decompor. Outro ponto importante que temos buscado orientar é sobre a coleta seletiva, separação de resíduo do que pode ser jogado fora e do que realmente é rejeito, que não será mais utilizado e que pode estar sendo descartado para reciclagem. Entre os 7 R’s que são utilizados para ensino de educação ambiental, o primeiro é repensar. Repensar nossos hábitos de consumo e descarte para que não haja máximo aproveitamento e nenhum desperdício para que possamos, de alguma forma, contribuir para o meio ambiente. Agora, temos a Lei Estadual que proíbe a distribuição de sacolas plásticas em supermercados e nós não temos noção do efeito que elas causam no meio ambiente. Se uma sacola sair daqui e for descartada num local inadequado pode ir parar no córrego e do córrego ela vai parar no Rio Paraíba, do Rio Paraíba ela vai para o mar e para o Oceano Atlântico, o que prejudica a vida das tartarugas que não sabem diferenciar uma água viva de um saco plástico, o que ocasiona na morte de várias delas e também na de várias espécies marinhas”, concluiu.