Volta Redonda - 18/07/2019 | 15h24m
Volta Redonda ganhará um novo Centro Pop
O prefeito Samuca Silva autorizou a construção de nova sede, investimento de R$ 280 mil para fazer assistência às pessoas em situação social de vulnerabilidade
As pessoas em situação social de vulnerabilidade, chamada de população de rua, terá um novo Centro Pop para ter uma melhor assistência pela rede de atendimento. A nova sede está sendo construída a partir deste mês de julho ao lado do Cais Aterrado, e tem previsão de ficar pronta no prazo de 6 meses, até início de 2020. O investimento terá um custo de R$ 279.996,61. A obra está sendo fiscalizada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.
O secretário municipal de Ação Comunitária, Marcus Vinicius Convençal, explica como é realizado o trabalho pela equipe de abordagem do Centro Pop aos moradores localizados nas ruas.
“As nossas ações de abordagem são feitas diariamente e tem como objetivo apresentar os trabalhos que ofertamos com a rede de assistência para este público e convencê-los a sair das ruas. Nós temos o Centro Pop, o Quarto de Passagem, o Abrigo Municipal Seu Nadim. Em caso de alcoolismo, a pessoa é encaminhada para a rede de saúde para fazer o tratamento e receber a medicação. Apesar das resistências, temos alcançado êxito nestas abordagens”, analisou.
Larissa Fagundes, da divisão técnica do Departamento de Proteção Especial da secretaria, citou a necessidade do novo Centro Pop. “A mudança de endereço nos trará muitos benefícios com uma boa estrutura física, pois hoje não conseguimos executar toda a proposta da política de assistência devido ao espaço físico que temos. O Centro Pop é uma unidade que atende pessoas em situação de rua e tem como objetivo garantir direitos básicos para essas pessoas, além de construir com eles um acompanhamento que oportunize a construção de novos projetos de vida”, definiu.
Porta de entrada da assistência
O prefeito Samuca Silva falou da importância da atuação do órgão público. “O Centro Pop é a porta de entrada na política de assistência social da cidade, sendo um trabalho que deve ser feito de forma continuada e que ampara as pessoas no momento em que elas mais precisam, porque estão fragilizadas socialmente e contam com este apoio fundamental do poder público. Temos também o Serviço de Atendimento ao Migrante que atende aquelas pessoas de fora, que não tem condições financeiras de retornar à cidade natal, fornecemos a passagem após avaliação da equipe técnica do Centro. Agora, com um espaço maior, mais e melhores serviços serão oferecidos para não deixar ninguém vivendo nas ruas contra a vontade”, enfatizou.
No atual Centro Pop no bairro Aterrado, de janeiro a junho de 2019, atendeu a cerca de 1.272 pessoas, sendo 488 migrantes. Uma média mensal de 211 pessoas são socorridas pela unidade social da prefeitura. De acordo com a área social da Secretaria de Ação Comunitária, este serviço especializado tem como meta a promoção e o convívio grupal, social e o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito, proporcionando vivências para o alcance da autonomia das pessoas assistidas, estimulando a organização e a participação social.
As pessoas atendidas pelo Centro tem o direito a higiene pessoal, lavar as roupas, alimentação, local para dormir, tendo que atender as normas de funcionamento do órgão durante a permanência. Os usuários recebem atendimento psicológico e tratamento contra o uso de álcool por um grupo de profissionais da rede. Depois de uma triagem, são encaminhadas para o Abrigo do Seu Nadim quando a situação assim exige, sendo retiradas das ruas.
A Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) conta com duas ferramentas essenciais na política de assistência social. O Departamento de Proteção Básica (DPB) que age na prevenção com o fortalecimento de vínculo familiar e o Departamento de Proteção Social (DPES), acionado quando ocorreu a violação de direitos e a pessoa precisa de proteção social urgente.
A prioridade da rede de atendimento da Secretaria trabalha para fazer a reinserção social das pessoas em situação de rua, para que consigam ter uma independência financeira e resgate do convívio familiar.