Angra dos Reis
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, iniciou terça-feira, 22, a programação da 16ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento está sendo realizado no Centro de Estudos Ambientais (CEA), e neste ano, o tema escolhido pelo governo federal é “Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável”. A SNCT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com secretarias da área nos estados e municípios, além de universidades, escolas e instituições de ensino e pesquisa.

Em Angra, a atividade vai até a quarta-feira, 23, e reúne seis palestras em seus dois dias de duração, de 14 às 18h. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Angra fez a abertura destacando a importância da ciência e tecnologia para a economia e o empenho de sua pasta para fazer do município um centro de inovação. Há palestras sobre assuntos como biomassa, sustentabilidade, inovação, dentre outros, além de atrações musicais.

- Angra precisa muito ser inserida nessa cultura de inovação e cooperativismo para solucionar problemas sociais, como mobilidade urbana e geração de empregos, através da criação de novos modelos de negócios - ressaltou o coordenador de Ciência e Tecnologia da prefeitura.

Em seguida à abertura, teve início a primeira palestra, sobre “A produção de vieiras na Baía da Ilha Grande”, com Rafael Fonseca Heinrichs, do Instituto de Ecodesenvimento da Baía da Ilha Grande (Iedbig). Ele falou sobre o funcionamento das fazendas marinhas, variáveis ambientais boas e más para a produção, planejamento de manejo e manutenção e sobre a importância dos investimentos no setor de maricultura para quem mora na Ilha Grande. “É uma oportunidade de terem seu próprio negócio e renda”, destaca.

De acordo com o biólogo Christian Turbay, que também participou da palestra, a vieira é importante para o setor econômico do município, já que o produto de Angra possui boa avaliação e aceitação no mercado e a atividade tem grande potencial de crescimento.

- Devido a algumas características da produção local, nosso produto é de melhor sabor e maior valor protéico. Chegamos a ter 33 fazendas marinhas em Angra e hoje estamos com 15. Mas com os investimentos da prefeitura no setor, temos boas expectativas de crescimento - explicou. De acordo com ele, Angra produz aproximadamente 1 tonelada por ano, enquanto a demanda vai bem além de 10 toneladas.

As palestras continuaram. O pesquisador e professor do Cefet/Angra, Jonni Guiller, falou sobre “EcoBilge: tecnologia eficiente e de baixo custo para separação de óleo da água de porão”. O professor, que é mestre em engenharia nuclear e doutor em matemática aplicada, mostrou o EcoBilge, um invento que serve para filtrar óleo de embarcação. A terceira e última palestra do primeiro dia foi “O papel da AgeRio no fomento à bioeconomia e sustentabilidade, com a gestora Dara Silva, da AgeRio. O cantor Daniel Cavalcanti encerrou a programação do primeiro dia com uma apresentação musical.

Na quarta-feira, 23, as palestras são sobre “Reaproveitamento de biomassa - Case Biosolvit”, com Alexasandro Albino Alves, representante da startup Biosolvit; “Transformando Angra dos Reis numa smartcity” e “Startup, comunidades e ecossistemas de inovação”, com Luiza Luth, publicitária, embaixadora estadual de inovação e representante da Rio Sul Valley. O happy hour de encerramento fica por conta do duo Feito Café.