Barra Mansa – Com o tema “Eu sou o caminho...”, a Romaria de São Sebastião tem seus primeiros minutos num café da manhã na residência de Heleno Magno, no bairro Vila Nova, segunda-feira, dia 11.

Esse ano no grupo, 25 cavaleiros e pessoal de apoio. 29 cavalos serão levados pelos organizadores durante o trajeto de aproximadamente 400 km de trilhas entre Barra Mansa e São Sebastião do Paraíba, distrito do município de Cantagalo, noroeste do Estado do Rio de Janeiro, cidade natal de Carlos Elias dos Santos Curty, idealizador da cavalgada desde 1996.

Após o café, às 6h30min, romeiros seguem para a Igreja de Santa Cruz, no mesmo bairro, onde receberão a bênção do pároco para iniciar o percurso até o primeiro pouso em São José do Turvo.

“Durante os dez dias, despertaremos nos participantes e moradores do trajeto, o caminho correto e da retidão. Precisamos melhorar nós mesmos e sermos um caminho para termos seguidores. Também realizaremos palestras educativas e momento de oração”, disse Curty.

De duas em duas horas, cavaleiros param em áreas rurais, onde animais descansam e bebem água. Nesse instante, aproveitam o carro de apoio para um lanche. Almoçar, jantar e dormir tem endereço certo com roteiro definido nas reuniões dos participantes. “Chegaremos a São Sebastião do Paraíba dia 20 de janeiro, quando somos recebidos com festa no Dia do Padroeiro. Dia 21 retornamos. No asfalto, encarretamos os cavalos e fazemos o percurso de volta de carro.

Devoção e fé marcam anualmente a romaria. Dos inúmeros fatos, Curty lembra emocionado o momento em que uma senhora se aproxima e pede, que a imagem de São Sebastião fosse levada ao leito de seu marido, enfermo e desenganado pelo médico após três cirurgias cardíacas. “Fomos, oramos e vimos lágrimas caírem dos olhos dos cavaleiros. Todas as noites, rezávamos também para ele. Para nossa surpresa, ele se recuperou após dez dias, voltando para seu trabalho na roça em Santa Rita. Consideramos esse fato um milagre ocorrido numa das primeiras romarias. Todos os anos, temos que parar na residência do casal, onde somos bem recebidos com farto café. Outro caso foi a fundação, há 12 anos, do Centro Comunitário de Equoterapia, que funciona no Clube do Cavalo, em Barra Mansa. É um tratamento caro, que colabora com muitas pessoas, inclusive o Clube passa por uma situação difícil e sem ajuda do Poder Público. Barra Mansa é uma das poucas cidades, que têm esse tratamento, que devia ser mais amparado e valorizado com verbas públicas”, explicou Curty.

APOIO – Sem registro esse ano nos cartazes da tradicional Festa de São Sebastião, padroeiro de Barra Mansa, a romaria não tem apoio da prefeitura municipal nem da Secretaria Municipal de Cultura.