Pinheiral

Apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das mais importantes ferramentas para redução de desastres, o Mapa de Ameaças Múltiplas do Estado do Rio de Janeiro foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 8.

O tema foi destaque de uma palestra com o diretor do Departamento Geral de Defesa Civil (DGDEC), coronel Paulo Renato Vaz, que aconteceu no auditório do IFRJ - Campus Nilo Peçanha e contou com a presença de alunos do Instituto e de profissionais representantes das Defesas Civis de alguns dos 16 municípios que contam com os serviços na região, como Miguel Pereira, Barra do Piraí, Valença, Rio das Flores, Paty do Alferes e Mendes.

O evento foi aberto pelo prefeito, José Arimathéa de Oliveira (PSB), que disse do orgulho em ver o município sediando um encontro deste porte.

“É importante apresentar aos alunos um pouco dos avanços nos estudos no que diz respeito às ameaças que rondam o território fluminense. É a oportunidade, inclusive, de abertura de novos horizontes, especialmente profissionais”.

O prefeito ainda contou ao palestrante sobre o projeto que está sendo gradativamente implantado em Pinheiral, que é a Educação Integra, e que dentro da proposta, tem como um dos temas curriculares o ‘Trânsito, Defesa Civil e Empreendedorismo’.

O mapeamento feito pelo DGDEC mostra as 736 principais ameaças de desastres no estado, sendo 460 naturais, como inundações, alagamentos e deslizamentos e 276 tecnológicas, como incêndios e desabamentos de edificações. São Gonçalo, Nova Friburgo e a capital do Rio de Janeiro aparecem entre as localidades do estado com as maiores prevalências. O levantamento contou com a participação de 92 Defesas Civis municipais.

De acordo com Paulo Renato, agora, a Defesa Civil Estadual está trabalhando com as prefeituras na elaboração dos 736 planos de contingência municipais para cada uma das ameaças identificadas.

“A ideia é envolver a comunidade. Como o prefeito disse, o tema é muito importante também para vocês alunos, especialmente da área de Meio Ambiente. A Defesa Civil é muito mais que um órgão, é um sistema do qual todos nós fazemos parte”.

Segundo o coronel, o trabalho de prevenção deve ser feito nestas estações de inverno e primavera, com antecedência às épocas de desastres.

“Para evitar que aconteça e se acontecer, minimizar suas consequências. No caso de desastres de origem natural, provocado pelas chuvas principalmente, muitas vezes são inevitáveis. Portanto, temos que trabalhar exatamente para minimizar essas consequências, sobretudo, usando todos esforços para evitar mortes. Esse é o nosso objetivo. Essa tarefa não é só minha, ou só dos bombeiros. É uma tarefa de todos nós. Se a gente jogar lixo no rio, se não construir na beira do rio, ou de baixo de barrancos, estamos fazendo defesa civil o tempo todo”, frisou.

O diretor do DGDEC ainda elogiou a preocupação do prefeito com o assunto e a disposição do Instituto para receber o aprendizado.

O evento contou com a presença do diretor geral do IFRJ - Campus Nilo Peçanha, Reginaldo Ribeiro, que na ocasião disponibilizou o auditório para novos eventos da Defesa Civil, especialmente com temas como este, de importante relevância para os alunos.

Fotos: ASCOM/PMP