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Matérias - 18/09/2017 | 05h31m

Nova Saúde esclarece entrave com CDR

Barra do Piraí
O secretário da Nova Saúde, Juberto Folena Júnior, explicou o motivo que levou a direção do Centro de Doenças Renais (CDR) a paralisar o atendimento a novos pacientes. Segundo o chefe da pasta, há um débito, referente a novembro de 2016, em atraso. Porém, como salientou, não houve, em momento algum, o pensamento de não regular tal situação. Com relação à nova gestão, os repasses estão em dia.

Tal notícia causou transtornos à população, uma vez que o serviço da CDR é de extrema urgência e requer total atenção do Poder Público. Os repasses pelos serviços prestados pelo Centro são feitos do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, através do Fundo de Ações e Estratégias e Compensação (Faec) e verba para Média e Alta Complexidade (MAC). A secretaria funciona apenas como órgão de repasse e não ordenador de despesa neste ato.

Assim sendo, como relatou Juberto Júnior, o débito está na ordem de R$ 570 mil referente ao repasse de novembro do ano passado. Disse que, quando chamou a direção daquela unidade de saúde para negociar, eles “simplesmente suspenderam os serviços”. O secretário ainda recordou que, desde quando a atual gestão assumiu, tomaram a iniciativa de promover a Tomada de Conta, inclusive com relação a este valor em aberto.

“A verba foi repassada, como verificamos. Agora, é saber onde e como ela foi aplicada, uma vez que não chegou à CDR. A atual gestão não deve nada para a CDR; estamos em dia. Se eles não voltarem a realizar este serviço, providências jurídicas serão tomadas, com a mais absoluta certeza. A Tomada de Contas para este fim - e que fique registrada que está sendo aberta - vai apurar onde a verba foi aplicada e o que o gestor daquela época fez”, frisou o secretário.

Juberto enfatizou que “ninguém pode dizer que foi surpreendido”. “Estivemos com eles algumas vezes, mostramos o que estava sendo feito e eles estão cientes deste fato. O valor será pago, mas precisamos entender o que foi feito. Só em 2017, a Nova Saúde repassou à CDR o montante de cerca de R$ 4,1 milhões. Ou seja, estamos trabalhando com esta responsabilidade: a de salvar vidas”, salientou o secretário, lamentando que exista um paciente, desde agosto, sem atendimento, pendenciado no sistema por conta desta decisão.

Também indignado com a atitude tomada pela CDR, o prefeito Mario Esteves, ressaltou que a preocupação daquela unidade deveria ser de “reconhecer os esforços promovidos pela atual gestão”. Lembrou, o Chefe do Executivo, que, em janeiro deste ano, a dívida da prefeitura com a CDR ultrapassava a casa dos R$ 2 milhões e foi rigorosamente paga.

“Se tem uma coisa que me tira do sério é a injustiça, principalmente contra o cidadão de bem. Não se pode ter irresponsabilidade quando se fala em vida. A CDR poderia dizer que esta gestão os pagou mais de R$ 2 milhões referentes às dívidas da gestão passada. Não desejamos caçar bruxas o tempo todo, mas ser responsáveis por este fato não está certo. Estamos apurando e eles sabem disso, o que aconteceu. Mas, suspender atendimento a novos pacientes beira o ridículo ante a responsabilidade com as pessoas que nós temos e que eles também deveriam ter”, defendeu o prefeito.

Foto: PMBP