Matérias - 25/10/2017 | 08h17m
Materiais recicláveis viram experimentos tecnológicos
Volta Redonda
Uma exposição de trabalhos realizados com os alunos do projeto Robótica Educacional com Software e Hardware Livre, do Programa Sábado nas Escolas, foi realizada terça-feira, 24, no auditório da Secretaria de Educação, no bairro Niterói. Aproximadamente 400 alunos passaram pelo local, além da população que foi verificar a transformação de materiais recicláveis em inovação tecnológica.
O objetivo foi expor o trabalho desenvolvido pelas crianças na construção, programação e aproveitamento de materiais recicláveis. Além disso, o evento contou com sete palestrantes que falaram sobre Tecnologia da Informação, Segurança na Internet, Uso de Aplicativos Livres e Robótica Educacional. Os trabalhos dos estudantes ficaram expostos logo na entrada do auditório da SME.
A Escola Municipal Professora Maria Rosa Rodrigues desenvolveu sete projetos diferentes, entre eles, uma luminária de Led RGB, responsável por iluminar o ambiente com as três cores primárias - verde, azul e vermelho, feita com caixa, disco de drive hd e cabo de impressora.
O aluno do bairro Vila Rica, Leandro Mariano, de 10 anos, começou no Programa Sábado nas Escolas este ano e montou uma garra robótica feita numa impressora 3D.
“Desde o ano passado eu tenho essa ideia. A garra robótica que criei utiliza motores e potenciômetros. Ao mover os potenciômetros, a garra se movimenta e faz objetos mexerem”, explicou.
Diferente da robótica da equipe Jaguar Baby da Escola Municipal Rubens Machado, que foi ao Japão em julho deste ano disputar a Robocup e utiliza peças de lego para montar seus robôs, as unidades participantes da robótica do Programa Sábado nas Escolas utilizam apenas o software e hardware livres.
Na Escola Municipal Dr. João Pio, uma garrafa de detergente foi reutilizada pelos estudantes e se transformou numa lanterna.
Na Escola Municipal João Paulo I, os alunos mostraram motores de uma manete de vídeo-game, chaveiros decorados com teclas de teclados de computadores, porta-retratos com teclados de computadores e um carrinho LDR (do inglês Light Dependent Resistor), criado com rodas feitas com tampinhas de refrigerante que ao receber iluminação direta, o LDR ativa o motor e o carrinho se move.
A Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda) também trouxe projetos dos colégios João XXIII e Getúlio Vargas, além da Academia da Vida Oscar Cardoso.
“A Fevre tem levantado essa bandeira da sustentabilidade e nós não poderíamos de deixar de levantar também a bandeira da Educação Ambiental para a robótica”, acrescentou o presidente da Fevre, Eduardo Dessupoio.
“Os alunos ficam motivados em participar destes projetos, visto que os trabalhos são todos idealizados por eles. É importante que mostrem o que desenvolveram durante as aulas e tenham oportunidade de trocarem experiências tão ricas”, disse a secretária municipal de Educação, Rita Andrade.
O prefeito Samuca Silva parabenizou os estudantes e os idealizadores do projeto.
“O projeto consiste em reaproveitar o que temos em casa, sem custos, para a montagem destes materiais, além de conscientizar as pessoas para um planeta mais limpo. Fico contente em ver a comunidade escolar comparecendo em peso e abraçando essa causa”, elogiou.
Fotos: SECOM/PMVR



