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Matérias - 18/08/2021 | 14h39m

Encontro prepara ações do Setembro Amarelo

Angra dos Reis
A prefeitura na semana passada realizou encontro para discutir um plano de enfrentamento à violência autoprovocada, que inclui a automutilação e tentativas de suicídio na adolescência.

A atividade foi realizada pela Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do município e contou com a participação de profissionais das secretarias de Educação e Desenvolvimento Social, tendo em vista que as ações precisam ser realizadas de forma ampliada.

Foram debatidas pautas como saúde mental infanto-juvenil e a importância das notificações de tentativas de suicídio por todas as unidades de Saúde e da Educação. Foi traçada a meta de capacitação de 80% da rede de Educação e Saúde para o Manejo e Prevenção às violências autoprovocadas, a ser realizada até o fim de setembro, mês nacional de combate ao suicídio, também chamado de “Setembro Amarelo”.

A capacitação é feita através de um curso de 30 horas oferecido pelo Ministério da Saúde. O objetivo do curso é que os profissionais se atentem aos primeiros sinais da violência autoprovocada e viabilizem o acesso à ajuda especializada.

Também foram traçados a criação de canais de escuta de adolescentes em sofrimento e o lançamento do Consultório Virtual, que fará atendimento remoto em psicologia a adolescentes em sofrimento. No encontro, foi agendado para o dia 15 de setembro, o Fórum de Prevenção às Violências Autoprovocadas.

O foco das ações da prefeitura é o público adolescente e jovem. De acordo com a Coordenação de Saúde Mental, o número de notificações de casos de tentativa de suicídio/violência autoprovocada subiu nos últimos anos na faixa-etária entre 15 a 18 anos no município. Em 2018/2019, a média foi de 16 casos. Neste ano, só até julho havia 29 casos notificados.

Além do crescimento de números oficiais, os profissionais de saúde mental afirmam que os casos são subnotificados. Por conta disso, uma das ações propostas é aumentar as unidades notificadoras. Por isso a importância da participação de outras áreas, como a Educação, no cumprimento da Lei Nacional de Prevenção à Violência Autoprovocada, de 2019, o que inclui ainda a participação dos aparelhos da rede socioassistencial (Cras e Creas, por exemplo).

Foto: PMAR