Sábado, 23 de novembro de 2024 | 06:46

Editorial - 27/11/2015 | 15h30m

Escola em período integral

Um dos desafios para 2016 na vida do prefeito Jonas Marins (PCdoB) de Barra Mansa (RJ) será transformar três escolas municipais em “integrais” como modelo para todas do município.

 

Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação (SME), as três agraciadas seriam o Ciep 483 Municipalizado Ada Bogato, no bairro Paraíso de Cima (Região Leste); Provedor Sebastião de Paula Coutinho, no bairro São Vicente e Washington Luiz, em Saudade.

 

Retroagindo a 2015 ainda em curso, a mesma Educação Municipal se arrasta para o fechamento do ano letivo com problemas, que ninguém consegue administrar como falta de professores; diários em branco desde o início do ano letivo; pouquíssimos alunos freqüentando as salas de aula com registro bem maior feito pela secretaria da unidade; falta de material para administração da escola; falta de material de limpeza das unidades; falta de orientadores educacionais, pedagógicos, profissionais nas secretarias, pessoal de apoio e precariedade na parte física de muitas escolas sem manutenção da prefeitura desde janeiro de 2013 (período de início do governo do PCdoB).

 

Na lista de sucateamento da Educação Municipal até os dias atuais, ausência dos contracheques dos servidores no dia do pagamento. Um drama, que o RH da prefeitura não consegue solucionar, alegando, que a “empresa” não entrega o documento na data prevista, inviabilizando entrega do mesmo.

 

Ainda na precariedade, servidores da Educação estão sem reajuste desde 2013, quando o prefeito assumiu o mandato sob o argumento, “de que valorizaria os profissionais com salários decentes e compatíveis com a rotina da categoria.”

 

Passados os anos não foram valorizados tão pouco atualizados com formação profissional. Na grade, “palestras” sem fundamento com o dia-a-dia do sistema com pagamento feito com verbas federais e estaduais sem capacitação para os profissionais em sua rotina de trabalho nas escolas sucateadas. Tudo com conivência e acompanhamento de toda a equipe da SME e também do prefeito do município.

 

Somados a tantos problemas, mais dois itens ocasionaram dor de cabeça aos administradores da Educação Municipal: a eleição para diretores com mandato encerrado dia 31 de dezembro de 2015 e a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCS), ambas iniciativas com LEI assinada de próprio punho pelo prefeito com aprovação – por unanimidade – de 19 vereadores da Câmara Municipal.

 

Diante da realidade, pensar em escola municipal funcionando em Barra Mansa em período integral é irreal para os padrões mantidos pela SME, sem mencionar registros de agressões físicas e verbais de alunos contra professores e servidores diariamente; alunos sem motivação escolar para aprendizado do currículo vigente e direção de quase toda a totalidade da rede municipal envolta na falta de capacidade de muitos diretores e adjuntos na condução - de fato - da melhoria do sistema e sua ascensão no cenário barramansense e regional, tudo somado à omissão e falta de apoio de pais e responsáveis no acompanhamento dos filhos e cobrança para que a prefeitura e a SME cumpram com a LEI e prestação de serviços digna aos impostos pagos pela população trabalhadora.

 

Assim, não dá!

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Reg. MTb. 18.902