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Editorial - 21/12/2015 | 19h27m

Política sem projeto, futuro idem

Programado para receber obras na primeira semana de novembro, o imóvel onde está localizado o Colégio Municipal Washington Luiz, no bairro Saudade, em Barra Mansa (RJ), continua isolado com mato crescendo nas dependências da quadra poliesportiva, vazamentos na laje do 2º andar e problemas, que estão longe de serem resolvidos sob olhares distantes da Secretaria Municipal de Educação e do Executivo.

 

Com o encerramento do ano letivo, o próximo chega com outra proposta: a eleição para diretores das unidades, o que foi estabelecido pelo prefeito Jonas Marins (PCdoB), que seria em outubro de 2015, data transferida pelo mesmo para março de 2016.

 

Paralelo ao projeto do Washington Luiz (que não chegou a sair do papel) e eleição para diretores com data alterada, surge o corte dos contratados dia 18 de dezembro, sinalizando que o ano letivo começa mais uma vez sem professores/regentes nas salas de aula.

 

O município tem mais de 50 escolas. Grande parte abre o calendário sem esses profissionais e pela terceira vez consecutiva, o governo municipal faz amontoar diários com páginas em branco meses a fio, mostrando a grande preocupação da Secretaria Municipal de Educação e do Executivo com a qualidade, assiduidade e investimentos no setor.

 

No perfil do governo de Jonas Marins, aposentados e pensionistas da Educação terminam 2015 sem o 13º salário, o que o prefeito afirmou, que sairá somente em março do próximo ano.

Sem divulgar pagamento de dezembro, o que ainda é uma incógnita para servidores públicos municipais (Educação), que a todo instante perguntam no RH da prefeitura, buscando informações acerca do meio de sobrevivência e forma para quitar com suas contas, obtendo a toda hora, a indecisão como resposta e o vazio no calendário em questão!

 

Enquanto a cidade soma os abusos do Poder central, pré-candidatos a vereador avolumam-se em reuniões partidárias ávidos ao cargo para enriquecimento do patrimônio pessoal no decorrer de 48 meses, o mesmo acontecendo com supostos candidatos a prefeito no mandato 2017/2020.

 

Trata-se de uma cadeira, cargo, caneta com muita tinta e alto volume de verba, que atrai muita gente sedenta pela posição, ínfima de dignidade, capacidade, competência e real noção do investimento público.

 

Vivemos além de nossas expectativas uma calamidade de fatos reais, que não vislumbram aqui melhorias de Feliz Natal nem de Próspero Ano Novo e que os cofres de alguns empresários e seus grupos, que já bancam campanhas digam ao contrário.

 

Mais uma vez, encontro a realidade dos lobos às custas das fragilizadas ovelhas em massa.

 

É muito dinheiro público pra pouca capacidade administrativa.

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Registro MTb. 18.902