Editorial - 30/03/2016 | 15h24m
Tráfico de influência
Quanto mais o relógio avança, aumenta minha percepção sobre fatos, que antes meus olhos tinha venda para não enxergar.
Nascida e criada no municÃpio de Barra Mansa (RJ), custei a ver pessoas e instituições como de fato são.
Na contramão do cidadão comum, muitos vivem à s famosas carteiradas daqui e dali, saltando de mandato em mandato, tÃtulos e mais tÃtulos, que à s vezes, ultrapassam gerações de famÃlias inteiras e até meio século (!) nas cadeiras estampadas de reuniões fechadas, onde se vistam representantes de Segurança Pública, de empresas e todo tipo de pessoa que, ao chegar na cidade e buscar referência em algo, procura imediatamente os mesmos endereços onde se situam as mesmas imagens e suas carteiras representativas das mesmas instituições.
No mesmo relógio, que o PODER rola à s custas de festas e todo tipo de evento nominal e restrito se acumula mensalmente, verbas chegam aos cofres dos órgãos públicos como prefeitura e Câmara Municipal, levando a crer, quando o balancete permite ao cidadão comum, os olhos verificar, que Barra Mansa é um municÃpio de ordeira situação em toda sua estrutura e que o cidadão comum, seus filhos, netos e famÃlia, aqui acumulam o melhor padrão de vida, que as instituições e todos por ela cercados, além dos poderes públicos constituÃdos, podem e deviam fazer em prol dos menos esclarecidos, informados e avisados.
Nas ruas de bairros, Centro e distritos, o que se vive mesmo é o retrato do abandono.
Comércio de portas fechadas. Centro da cidade vazio de pedestres e investidores. Prefeito sem expressão e toda equipe à mÃngua. Não há representatividade. Não há corpo técnico. Não há investimento de NINGUÉM, que valha o que as instituições apregoam e divulgam em suas formas de comunicação.
Os filhos vivem nos bairros vagando. Escolas públicas sem administração nem pulso para tornar viável a qualidade do que ensinar. Jovens são bombardeados por uma minoria, que se esparrama nas salas de aulas sem saber qual destino aquela situação os leva.
Criminalidade solta, abraçando a todo segundo esses jovens aos olhos das famÃlias, escolas e sociedade e das forças de Segurança idem. Até a limpeza urbana da cidade é precária.
Lixo em abundância amontoado nas ruas atrai todo tipo de animal faminto à luz do dia e da noite também! Rios, córregos, mato em excesso em vias públicas e todo tipo de abandono margeia a vida do morador mais humilde ao mais letrado, jogando à s avessas a campanha nacional para o COMBATE À DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA. Em vários bairros do municÃpio, carcaças de veÃculos abandonados sem recolhimento de órgãos da administração pública nem de empresários interessados pelo bem comum do municÃpio e sua população.
Pra essa realidade não se verifica CIDADÃO NEM SUA CARTEIRADA!
Aqui é uma cidade como muitos divulgam “com farto comércio varejista em total desenvolvimento e lÃder em vendasâ€, “com desenvolvimento da prefeitura municipalâ€, “com vereadores super comprometidos em fiscalizar o que de direito o cargo lhes confereâ€, “com os melhores administradores das escolas municipais comprometidos com a qualidade da educação de fato (até o momento, nem diário de classe tem para professor/regente fazer sua chamada nem data de entrega pela secretaria municipal de Educação é confirmada) e com as melhores plataformas do bem ao próximo vista, revista e impressa!
Carteiras, tÃtulos, cargos, salários à s custas de órgãos públicos, café, chá, almoço, jantar e milhões rodando em meio “à tão divulgada CRISEâ€, que o POVO massificado e à mercê dessa estrutura amarga, respira, anda, almoça, janta, labuta, cansa, cansa e cansa.
Um brinde a Barra Mansa.
Por aqui, acompanhando tudo com LUPA, envelheci!
Eliete Fonseca – Jornalista Profissional – Reg. MTb. 18.902