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Editorial - 10/10/2020 | 14h26m

Barra Mansa e “sua política”

O termo “política” devia ser para o bem coletivo. Devia, mas não é. No município de Barra Mansa, região Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, alguns candidatos ao cargo de prefeito e vereador foram à principal avenida na manhã de sábado, 10 de outubro e na Joaquim Leite, em pontos estratégicos, marcaram presença.

O eleitor em sua grande maioria não parou e passou direto. Foi um momento de frieza, desilusão, desencantamento, tristeza e total aversão com os mesmos personagens, que há anos fazem dos cargos políticos, que deviam ser também “públicos” e com toda certeza do mundo, não são, o patrimônio próprio, o contracheque farto, as facilidades das verbas públicas nas mãos sem prestar conta a ninguém e as nomeações de tudo quanto é tipo de gente, exceção, dos mais capazes, habilitados, estudiosos, competentes e jovens de famílias distantes do círculo tradicional.

Com cargos comissionados, indicados politicamente e parentes também dotados do dinheiro público no final do mês, o candidato representante do DEM, Rodrigo Drable reuniu o maior conjunto de afetos, admiradores, apoiadores e simpatizantes, menos do cidadão comum e possível eleitor.

Com Drable, possíveis vereadores para formar sua bancada na Câmara Municipal e outros personagens, que vivem da coisa pública há décadas com seus afilhados em quantidade cada vez mais crescente posando para fotos como se o clima do já ganhou garantissem mais quatro anos da fartura, que a coisa pública trouxe, traz e continuará trazendo em lado oposto ao que grande parte da população precisa; precisa, não teve nem continuará tendo.

Na contramão dos fatos acima, bairros abandonados; saúde e educação municipal idem, tudo vitimando os menos esclarecidos e indefesos, distantes dos milhões de verbas públicas.

Observando detalhes do movimento da Joaquim Leite antes da eleição de 15 de novembro, interpretações reais dão conta do que é a política em Barra Mansa: é algo particular; é algo privado; é algo que favorece a classe dominante e suas instituições; é algo que não é para o bem de todos; é algo que o eleitor não acompanha; é algo que não é para o coletivo; é algo sem fiscalização nenhuma; é algo nas mãos de poucos; é algo com excesso de dinheiro; é algo dos mesmos personagens há décadas; é algo de má fé; é algo de má índole; é algo sem personalidade; é a má fé na saúde; a má fé na educação; a má fé com o dinheiro público jorrando nas mãos em causa própria e dos seus; é algo que não é para os mais jovens; é algo que não é para quem mora em bairros e deseja uma cidade próspera, desenvolvida e importante com geração de emprego, qualidade de vida e progresso.

Política regada a milhões de verbas públicas; sempre nas mãos dos mesmos, para os mesmos e os seus.

É a Barra Mansa da Joaquim Leite.

É a Barra Mansa de 2021 a 2024.

É a Barra Mansa de sempre e dos “seus”.

Ponto.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro MT 18.902/RJ