Editorial - 02/11/2020 | 11h11m
Política muda discurso na prática
Com toda certeza, novatos da política barra-mansense mudaram a forma de analisar o funcionamento da coisa no dia-a-dia, principalmente em 2020, com pouco tempo para fazer campanha visando uma cadeira no legislativo e executivo.
Na Joaquim Leite, principal avenida do município, o cenário perfeito da situação. Material de propaganda é distribuído ao mesmo tempo, que o eleitor insiste em não pegar e se o faz, no caminho sem cerimônia, amassa e joga fora, mostrando sua posição diante do perfil do político brasileiro com raras exceções.
Se a reação do eleitor é a aversão, como conseguir o voto? Difícil não é achar resposta, opções mostram o famoso jeitinho brasileiro. Troca de favores é uma delas. Políticos de mandatos usam o cargo para agradar, resolver e atender o eleitor de olho no futuro. Sem ter como negar a escolha, o interessado acaba cedendo e perpetuando o candidato na vida pública, mesmo sabendo que a opção não reúne grau de instrução nem capacidade à altura do cargo, colocando assim, o presente e o futuro da cidade, nas mãos dos mesmos nomes, cujos salários são acima do ofertado pelo mercado a um cidadão comum.
Com a aproximação do dia 15 de novembro, Barra Mansa verifica mudança na visão do eleitor. A internet traz o dinheiro à frente para decidir e definir quem tem chance e quem dela não se aproxima, traçando também o perfil de uma consciência que, nas urnas, mostrará sua personalidade, ignorando o tradicionalismo e optando pela indiferença da coisa, do mesmo jeito que a retribuição ocorre à altura.
Enfim, o discurso é outro após o período eleitoral e o sumiço dos candidatos, idem.
Vivemos um momento de muita ganância pelo poder e sua perpetuação nas mãos dos mesmos. Não há opção pelo novo e se não há, a consciência do dever cumprido é o comparecimento à urna, o segundo passo, a consciência tranquila de muita gente dará conta do recado.
Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro MT 18.902/RJ