Editorial - 06/11/2020 | 08h37m
Currículo, trabalho e pandemia
Os meios de comunicação informam 24 horas sobre a pandemia do Covid-19. Números oficiais apontam mortes, pessoas entubadas e todo tipo de situação envolvendo precauções como uso de álcool em gel e máscaras, tornando o assunto muito próximo de todos da sociedade.
Se a divulgação acima é maciça desde fevereiro desse ano, vale também destacar que estamos próximos à eleição municipal e sua importância de 2021 a 2024 não pode passar em branco ou cair no esquecimento, principalmente, quando Barra Mansa tem reuniões da Câmara Municipal, formada por 19 vereadores e dezenas de indicações políticas com um detalhe: sem nenhuma participação presencial do cidadão comum. Nenhuma. Nenhuma. Nenhuma mesmo.
Pesquisando bem a fundo, nada se encontra de prestação de contas das folhas de pagamento da coisa pública do jeito, que se apresenta nas ruas da cidade.
Enquanto um jovem dedica anos e anos ao estudo, com 100% de certeza, aqui, no meio político e administrativo, nunca terá opção alguma para ter seu sustento, de sua família nem condição para o futuro abrir possibilidades.
Fácil encontrar a resposta: sempre os mesmos políticos no comando das verbas, seus grupos formados por alguns empresários e também prestadores de serviços para órgãos públicos, sendo assim até agora, a cidade é o reino das mil e uma maravilhosas, intocável e perfeita para manutenção de documentos oficiais e a continuidade dos mesmos com assinatura oficial em gratificações, nomeações, indicações, contratos, reuniões que façam valer a potencialidade das mesmas pessoas e seu autoritarismo doa a quem doer à frente do Executivo e Legislativo.
Analisando com olhar mais específico, chega-se à conclusão que partidos políticos, de sempre, abrem brecha para a eleição de 2022 e como a virada do ano se aproxima está mais que na hora de trocar e tocar, aos poucos, pessoas bem distantes da realidade de Barra Mansa para que aqui cheguem e mudem a realidade centenária, fazendo a qualificação profissional, documentos de jovens que buscam no mercado de trabalho com seu humilde currículo, algo que o município não conhece: virada da política, porque passou a hora da mudança e da desinfecção do dito “público”, que na prática é “privado”, usado em benefício de poucos e o pior: para enriquecimento dos mesmos sem prestação de contas nenhuma e pra ninguém.
Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro MT 18.902/RJ